Diretora do Flamengo é indiciada por xenofobia após crítica a nordestinos

Esposa do presidente do clube, Rodolfo Landim, Ângela Rollemberg prestou depoimento na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi)

Por Redação
11 abr 2023, 14h48

Xenofobia: Ângela e Rodolfo Landim em campanha para Bolsonaro (Reprodução/Internet)

A diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, Ângela Rollemberg Santana Landim Machado, que é mulher do presidente do clube, Rodolfo Landim, foi indiciada por xenofobia pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), por suas postagens na internet com críticas e ofensas aos nordestinos – sendo que ela própria nasceu em Sergipe.

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Os ataques aconteceram após a vitória de Lula (PT) na eleição presidencial. Ângela atacou a região onde Lula venceu com larga vantagem. Apoiadora de Jair Bolsonaro, ela escreveu: “Ganhamos onde se produz, perdemos onde se passa férias”. Referia-se ao fato de Lula ter obtido 69,34% dos votos na região Nordeste, enquanto Bolsonaro ganhou nas outras regiões.

Na sequência da mensagem, ela ainda associa os nordestinos aos carrapatos, usando um apelido dado aos eleitores de Bolsonaro como referência: “Se o gado morrer o carrapato passa fome”.

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A investigação está a cargo da delegada Rita Salim, titular da Decradi. Ângela fechou o seu perfil, no qual demonstrava apoio a Bolsonaro, para quem chegou a fazer campanha. “A publicação que caracterizou uma conduta preconceituosa e ofensiva contra todo povo nordestino ganhou repercussão negativa nas redes sociais e mídia”, explicou a delegada.