Dengue no Rio: por que pessoas infectadas também têm de passar repelente
Bióloga fala sobre cuidados importantes enquanto o Rio vive a sua sexta epidemia da doença
Na sexta epidemia de dengue no Rio, é preciso levar a sério as recomendações dos especialistas, as principais já conhecidas pela população, como evitar a qualquer custo a formação de poças ou recipientes de água parada, e outras como saber que a pessoa contaminada também deve usar repelentes de mosquitos.
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Quem explica é a bióloga Denise Valle, pesquisadora do Laboratório de Medicina Experimental e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), criadora da campanha 10 Minutos contra o Aedes.
“Quando você percebe que está doente, você precisa passar o repelente para proteger o mosquito, assim protegendo a transmissão. Mas no verão, de maneira geral, é preciso que todos se protejam, porque cerca de 50% das pessoas que têm dengue, não tem sintomas. Mas ela pode transmitir ao mosquito enquanto tiver com o vírus circulando no corpo”, disse Denise ao jornal O Globo.
Ela explicou que só a fêmea do mosquito pica e toma o sangue. Ela precisa do sangue para colocar os ovos, e tomará uma quantidade equivalente a duas ou três vezes o seu peso, transformando tudo em ovos. E se infecta quando pica uma pessoa que está com o vírus circulando.
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A bióloga afirmou que o vírus da dengue precisa passar por diversas barreiras dentro do mosquito, em processo que pode durar de sete a dez dias. Mas, uma vez infectado, terá dengue para sempre. Só que a maioria dos mosquitos morre antes disso. Mesmo em épocas de epidemias, só 1 a 2% dos mosquitos voando vão transmitir o vírus. Por isso é importante diminuir a infestação do Aedes.
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