O último artigo de Fernanda Torres (“Socorro”, 27 de abril) me comoveu muito. Não só o assunto, mas a forma clara, brilhante e precisa como foi escrito. O tema é mesmo oportuno. Sou médica e diariamente atendo pessoas visivelmente perturbadas que vivem em sociedade. Não estou fazendo apologia do cárcere, mas é uma situação bastante complexa de resolver. De qualquer forma, agradeço à autora por ter me presenteado com essa emoção diante de um texto tão bem elaborado, como se cada palavra estivesse divinamente em seu lugar correto.
Gabriela Cipriano
Socorro também! Já vi e fui vítima de alguns loucos mais brandos. Uma pena que as famílias ignorem seus desequilibrados, deixando para a sociedade arcar com as consequências. Silenciosos ou escandalosos, eles precisam ser observados e tratados para não produzir tragédias pontuais.
Julio Alfradique
Fernanda, venha andar, então, em Copacabana. A vista do Pão de Açúcar é bacana. Esqueça a louca.
Carlos Eduardo Targa
Parabéns pelo tom perfeito e pela amplitude dos argumentos: arrebentou! E não deixe de circular por causa dessa maluca ou de qualquer outro.
Raul Mesquita de Freitas
Tenho um irmão esquizofrênico com 71 anos. É a pessoa mais feliz e tranquila do planeta. No início foi confuso e difícil, porém a família se uniu e superou o obstáculo. Toma seus remédios religiosamente e é acompanhado por um psiquiatra. Vive na nossa casa, mas vai ao shopping todos os dias. Por isso, não aceito que famílias deixem seus doentes soltos nas ruas, ofendendo e agredindo as pessoas. Ninguém é obrigado a conviver com os problemas do vizinho. A razão tem de predominar, para o bem do doente e de terceiros.
Teresa Abreu de Almeida
Perdi minha mãe há vinte anos, quando eu tinha 13 de idade, e uma das poucas lindas e gostosas lembranças que ainda tenho é o carinhoso café com leite que ela preparava. E olha que achava, como todo estudante, que nada poderia suavizar aquela correria frenética de estudos em grupo, trabalhos, provas, deveres de casa. Hoje sou professora e, nesse corre-corre diário, um afago de mãe é essencial. Cheguei a chorar ao ler o artigo de Manoel Carlos (“Resíduos”, 20 de abril). O preparo, o cheiro, a cor, o gosto e a leitura do texto foram demais para mim.
Cinara Short