“Freud deve explicar”: a crítica de Eduardo Paes aos blocos não oficiais
Prefeito não gostou de comentário do presidente da Desliga dos Blocos, entidade que organizou a Abertura do Carnaval Não Oficial, neste domingo (5)

O prefeito Eduardo Paes usou suas redes sociais para ironizar uma declaração de um dos organizadores dos blocos não oficiais na cidade. Neste domingo (5), quase quarenta cortejos saíram pelas ruas do Centro da cidade, na já tradicional Abertura do Carnaval Não Oficial, que acontece desde 2009.
“É uma manifestação que fazemos anualmente para lembrar que o Carnaval acontece nas ruas do Rio há mais de dois séculos, independentemente de qualquer ação da Prefeitura”, disse o presidente da Desliga dos Blocos, que realiza o evento.
“É uma manifestação que fazemos anualmente para lembrar que o carnaval acontece nas ruas do Rio há mais de dois séculos, independentemente de qualquer ação da prefeitura.“
Eu acho curiosa a posição desse pessoal! Como se a prefeitura criasse algum tipo de constrangimento para… pic.twitter.com/8cOUIuo0y2— Eduardo Paes (@eduardopaes) January 4, 2025
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“Eu acho curiosa a posição desse pessoal! Como se a prefeitura criasse algum tipo de constrangimento para blocos saírem pelas ruas. A única coisa que tentamos fazer é organizar e dar o mínimo de infraestrutura“, reclamou Paes.
“Coisas como banheiros (ou eles vão fazer suas necessidades nas ruas da cidade? ), organização de trânsito (o tal do respeito ao direito de ir e vir alheio), limpeza (ou eles vão limpar e lavar as ruas?) e outras coisas mais”, descreveu o alcaide.
“Mas tem uma turma que adora dar de rebelde progressista e no fundo liga um dane-se para o gari trabalhador da Comlurb que tem que ficar atrás deles porque eles se recusam a informar oficialmente aonde vão passar. Deve ser uma rebeldia com mensagem política. Freud deve explicar!”, alfinetou.
“De qualquer forma, a prefeitura vai estar atrás deles para cumprir com nossas obrigações. Fica mais difícil, mas a gente cumpre!”, finalizou.
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Luis Otavio Almeida, que também é representante do Cordão do Boi Tolo, garante que frisar que o Carnaval do Rio acontece independentemente da prefeitura não é uma crítica, e sim uma constatação histórica.
“O problema está no decreto de 2009, que tem sido repetidamente reeditado e ignora o Carnaval livre e ancestral da cidade”, afirmou ele, em entrevista ao Splash/UOL. Ele também defendeu os blocos independentes quanto à questão do lixo.
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“Desde 2010, defendemos a criação de banheiros públicos no centro, que atenderiam a população durante todo o ano e exigiriam apenas ajustes no período de Carnaval. Reafirmamos nossas recomendações: evitar garrafas de vidro, não jogar lixo no chão e usar os banheiros sempre que possível”, declarou.
“Os blocos são a alma do Carnaval do Rio. Eles atraem turistas e geram recursos para a cidade, mas o humor da prefeitura nem sempre foi o ideal. Como sempre, Freud explicaria as variações de postura do poder público. A prefeitura precisa cumprir suas obrigações. Fico feliz em saber que estão atentos a isso”, finalizou ele, rebatendo o comentário de Paes.
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