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Sem resolução, crimes citados por Ronnie Lessa devem virar caso da PF

Para PF, Rivaldo Barbosa é peça-chave para investigar máfias do Rio; ex-chefe de Polícia Civil comandou esquema de corrupção para impedir investigações

Por Da Redação
Atualizado em 26 mar 2024, 15h59 - Publicado em 26 mar 2024, 15h47

A Polícia Federal considera Rivaldo Barbosa, o ex-chefe da Polícia Civil preso por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco, como uma peça-chave para desvendar a atuação do que uma fonte da corporação chama de máfias que atuam na execução e acobertamento de crimes no Rio. Rivaldo é apontado pela PF e pela Procuradoria Geral da República (PGR) como responsável não apenas por impedir as investigações do crime, mas também por planejá-lo. Segundo as investigações, a execução foi encomendada pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão. As defesas dos suspeitos negam as acusações.

+ Arma usada para matar Marielle foi fornecida por milícia de Rio das Pedras

A expectativa é de que novas delações – incluindo a de Rivaldo – possam ajudar a elucidar de 15 a 20 crimes. Entre eles o assassinato de Marcos Vieira de Souza, o Falcon, ex-policial militar e presidente da Portela, morto em setembro de 2016. Em depoimento ao Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ), Marcelle Guimarães, filha de Falcon, contou que o delegado Brenno Carnevale, hoje secretário de Ordem Pública do Rio, relatou a ela o sumiço de um inquérito relacionado à morte do ex-PM. Carnevale atuou na Delegacia de Homicídios (DH) da Capital entre 2016 e 2018, quando foi responsável por investigar homicídios em que agentes públicos eram autores ou vítimas. Antes de ser chefe de Polícia Civil, Rivaldo havia sido diretor da DH. Em depoimento ao Gaeco , em 2019, Carnevalle afirmou que Rivaldo agia para obstruir as investigações ligadas à milícia e contravenção na cidade do Rio. A informação consta no relatório final da Polícia Federal sobre o caso Marielle Franco.

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De acordo com a PGR, a PF desvendou a existência, na Delegacia de Homicídios, de um “esquema estrutural de corrupção” conduzido pelo policial civil, que mantinha acordo com contraventores para impedir a investigação de crimes relacionados a jogos ilegais. A investigação aponta que ele “recebia vantagens indevidas da contravenção para não investigar os homicídios”. O relatório da Polícia Federal sobre o caso Marielle indica que empresas de consultoria empresarial abertas pela mulher do policial em 2015, ano em que ele assumiu a delegacia de homicídios, movimentaram R$ 4,9 milhões.

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