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CPI constata furto de 29 armas no Batalhão de Choque da PM do Rio

Parlamentares da CPI das Armas da Alerj constataram que 29 armas furtadas do paiol da unidade não foram informadas em relatório enviado pela corregedoria da corporação

Por Agência Brasil
Atualizado em 5 dez 2016, 11h39 - Publicado em 25 nov 2015, 12h20

Em vistoria no Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM), parlamentares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Armas da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) constataram que 29 armas furtadas do paiol da unidade não foram informadas no primeiro relatório enviado pela corregedoria da corporação à CPI.

No documento, foi informado que, de 2005 a 2015, apenas 19 armas haviam desaparecido do batalhão. Em dez anos, as 48 armas desaparecidas do Batalhão de Choque o tornam o vice-campeão em roubos, furtos e extravios de armas, só perdendo para a Corregedoria Interna da Polícia Militar, com 51 armas desviadas.

As 29 armas foram furtadas de uma só vez, no dia 29 de outubro de 2014, saindo pelo portão de entrada do quartel. Apesar de sete policiais já terem sido indiciados por envolvimento no furto, apenas uma arma foi recuperada, conforme informou a corregedoria-geral da PM.

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Os deputados afirmaram que vão investigar porque apenas uma arma foi recuperada e pedirão esclarecimentos do motivo de no relatório anterior não constar o furto destas armas do Batalhão de Choque.

Contrariando os parlamentares, a Polícia Militar respondeu, em nota, que não é verdadeira a informação de que as 29 armas roubadas não estão no relatório da corregedoria enviado à CPI.

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Os deputados verificaram ainda um controle ineficiente do armamento do batalhão. De acordo com o presidente da CPI das Armas, deputado estadual Carlos Minc (PT), o controle das armas e munições que passam pelas mãos dos policiais é precário. Todo o controle é feito em livros manuais, com números emendados e corrigidos com líquido corretivo em páginas nos livros de registro.

“Os livros de 2013 já estão encardidos, com páginas amareladas e desmontando pelo uso excessivo. É um papel muito manuseado, seboso e amarelado. Partes do papel já foram rasgadas, perdendo, assim, a informação. É uma coisa muito precária. É inacreditável e nós ficamos chocados com isso. Então, são livros que mais serviriam para fazer uma compra numa feira do que para registrar fuzis e pistolas”, relatou Minc.

Na vistoria, os deputados confirmaram a informação dada pelo chefe operacional do Estado-Maior da Polícia Militar, coronel Lima Freire, em depoimento na CPI, de que o Sistema de Material Bélico, sistema informatizado que garante o controle online do patrimônio bélico da PM, ficou inoperante  de 2013 a 2014. “Confirmamos na vistoria que o sistema ficou sem alimentação nestes dois anos, mas eles não souberam explicar o motivo desta inoperância”, disse Minc.

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Para a vice-presidenta da CPI, deputada estadual Martha Rocha (PSD), o controle manual facilita o desvio do armamento: “A base do crime são as armas, o tráfico de armas. A informatização precisa ser feita de uma forma global, até mesmo para melhorar o trabalho dos policiais. Não queremos culpar quem está na linha. O sistema é que é arcaico”.

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