O que se sabe sobre caso de cozinheira trans encontrada morta na Lapa

Formada pela Gastromotiva, Danielly Rocha atuava em projetos sociais e na cozinha; polícia tenta esclarecer o que motivou a sua morte

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 5 Maio 2025, 12h59 - Publicado em 5 Maio 2025, 12h00
"Sua luta não será esquecida", dizia texto de post no Instagram
Danielly Rocha: ONG Gastromotiva lamentou a morte e se solidarizou com parentes e amigos da vítima (Reprodução/Instagram)
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A cozinheira Danielly Rocha, de 37 anos, foi encontrada morta na madrugada do último sábado (3), em um corredor do prédio onde morava, na Rua do Riachuelo, na Lapa. Conhecida como Danny, a cozinheira era uma mulher trans, formada pela ONG Gastromotiva e atuava em cozinhas como as da CasaNem e do Surubar.

Polícia analisa imagens de câmeras para esclarecer o que aconteceu com Danielly Rocha, de 37 anos
Danielly Rocha: segundo relatos de testemunhas, cozinheira chegou acompanhada ao edifício onde morava, na Lapa (Reprodução/Instagram)

De acordo com relatos de testemunhas à polícia, Danny havia chegado em casa acompanhada de um homem, que teria permanecido por algumas horas no apartamento dela antes de sair. O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), e o caso está sendo investigado pela 5ª DP (Mem de Sá). Agentes buscam imagens de câmeras de segurança que possam ajudar a esclarecer o que aconteceu.

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A morte de Danny provocou comoção entre familiares, amigos e instituições ligadas à luta por direitos da população LGBTQIAPN+. Em nota publicada nas redes sociais, a Gastromotiva lamentou profundamente a perda da ex-aluna e voluntária.

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“Recebemos com profunda dor e indignação a notícia da perda de Danny Rocha — cozinheira, voluntária e ex-aluna da Gastromotiva. Danny se formou conosco em 2023, no curso de Formação Básica em Cozinha, e atuava em cozinhas como a do @surubar.rj e @casanem_. Deixou um legado de resistência, solidariedade e afeto por meio da gastronomia”, diz a nota. “Danny era uma mulher trans, sonhadora e uma profissional incansável que acreditava na cozinha como ferramenta de transformação — como nós acreditamos. Sua partida brutal escancara, mais uma vez, a violência que insiste em ceifar vidas trans no Brasil.”

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A CasaNem, centro de acolhimento voltado à população LGBTQIAPN+, também se manifestou em solidariedade. Segundo a instituição, Danny era amiga próxima de Indianarae Siqueira, fundadora da ONG, e militante histórica.

“Danny deixará saudades. Mas, em sua memória, vamos seguir lutando. Lutando para que as circunstâncias de sua morte sejam investigadas. Queremos que a Justiça faça seu trabalho e que tudo seja devidamente apurado”, afirmou o coletivo.

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