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Corrida com preço fixo

Para alívio dos passageiros, o Aeroporto Santos Dumont tabela os amarelinhos

Por Renan França
Atualizado em 5 dez 2016, 15h21 - Publicado em 17 out 2012, 17h59

Eis uma situação extremamente desagradável e mais frequente do que rege o bom-senso: depois de desembarcar cansado da viagem, o passageiro depara com uma série de chateações em busca de uma condução até sua casa, hotel ou trabalho. Para eliminar o transtorno, na semana passada começou a vigorar no Aeroporto Santos Dumont o tabelamento de preços para táxis convencionais. A novidade visa a acabar com os percalços de que é vítima o usuário dos amarelinhos, como o trajeto feito com o medidor desligado, a cobrança superfaturada da corrida ou os desvios desnecessários. Com a nova norma, além do sossego de saber de antemão o valor a ser desembolsado, a pessoa, em tese, não tem de ficar procurando um veículo disponível por conta própria. “A medida serve para organizar um dos pontos de maior circulação da cidade e impedir a cobrança abusiva. Nós cedemos o espaço e vamos estar sempre atentos ao serviço de táxi no aeroporto”, ressalta, em nota, a Infraero, empresa estatal responsável pela administração do Santos Dumont. Os preços fixados parecem disparatados, mas obedecem à média das tarifas dentro do mesmo bairro. Uma corrida para Botafogo custa 17 reais. Se o destino for a Barra, independentemente do ponto, a cifra subirá para 77 reais.

Proporcionar conforto e segurança aos visitantes tornou-se prioridade nas grandes metrópoles mundiais. Nesse raciocínio, o Aeroporto John Fitzgerald Kennedy, em Nova York, foi outro que estabeleceu recentemente preços fixos para os trajetos de táxi. Dali até Manhattan, o visitante paga 52 dólares, esteja hospedado no Upper West Side, a oeste do Central Park, ou no Financial District, ao sul da ilha.

Por aqui, o bom funcionamento desse tipo de serviço é fundamental para uma cidade que nos próximos anos deve receber milhares de turistas. Os desafios, porém, são grandes. No Galeão, onde o tabelamento tinha sido implantado no começo do ano, houve problemas operacionais. Devido às desavenças entre os taxistas comuns e os da cooperativa habilitada, o modelo foi suspenso. No Santos Dumont, a iniciativa ainda precisa passar por ajustes. Em sua área de desembarque há poucos avisos sobre a mudança. Apesar dos cerca de 500 veículos credenciados a trabalhar ali, é comum a formação de extensas filas no saguão nos horários de pico. Basicamente, falta agilidade para embarcar os clientes nos amarelinhos. A despeito dos deslizes e dos preços salgados de algumas corridas, os passageiros aprovaram a mudança. “Eu me sinto mais segura em saber que pagarei o preço combinado. O sistema também impede que o turista seja enganado”, diz a dentista carioca Claudia Couri. Resta torcer para que a iniciativa vingue e possa evitar que a última etapa da viagem seja justamente a mais desgastante.

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