Confeitaria Manon, de Ainda Estou Aqui, pode virar patrimônio imaterial
Confeitaria que aparece duas vezes no longa vencedor do Oscar já foi cenário de outras produções e é tombada pela prefeitura do Rio desde 1993

Cenário de Ainda estou aqui e palco de 80 anos de história, a Confeitaria Manon, na Rua do Ouvidor, no Centro, pode ser oficialmente reconhecida como patrimônio cultural de natureza imaterial da cidade do Rio. Foi aprovado na Câmara Municipal o Projeto de Lei nº 337/2025, da vereadora Talita Galhardo (PSDB), que agora depende da sanção do prefeito Eduardo Paes. Em 1993, o imóvel foi tombado pela prefeitura do Rio.
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Fundada em 1942 por imigrantes portugueses, a confeitaria foi adquirida por espanhóis em 1965. O lugar preserva elementos arquitetônicos e decorativos em art-déco, como pisos de mármore e espelhos franceses. Da cozinha saem especialidades como o Madrilenho (Madrileño), um pão doce recheado com creme, goiabada e coberto com açúcar de confeiteiro, além dos tradicionais pastéis de Belém e outros doces que fazem parte da memória afetiva da cidade.
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No local, também foram filmadas cenas dos filmes A Vida Invisível, lançado em 2019, e Dercy de Verdade, de 2012. Em Ainda estou aqui, que venceu o Oscar de filme estrangeiro contando a história real da família do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar, a confeitaria aparece em duas cenas. A mesa onde os personagens se reúnem virou um dos principais atrativos de cariocas e turistas que frequentam o local.