Como funcionava fraude milionária com Bilhete Único Intermunicipal

Quadrilha desviava dezenas de milhões de reais por ano de recursos públicos

Por Redação
27 Maio 2025, 11h23
Fraude: operação policial busca criminosos que fraudam sistema público de transportes
Fraude: operação policial busca criminosos que fraudam sistema público de transportes (Internet/Reprodução)
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Um aparentemente engenhoso mecanismo criminoso para desviar recursos do Bilhete Único Intermunicipal foi descoberto pela Polícia Civil do Rio, que age para prender a quadrilha responsável pelas fraudes milionárias no sistema público de transportes. A Operação Caronte foi deflagrada nesta terça (27) pela Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), com apoio da 109ª DP (Sapucaia), e os agentes cumpriram nove mandados de busca e apreensão em residências e empresas de permissionários acusados de operar as denominadas “vans fantasmas”.

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Os criminosos simulavam viagens inexistentes para desviar recursos, dezenas a cada hora em veículos com capacidade para apenas 15 passageiros, fraudando a utilização dos cartões RioCard e o sistema de bilhetagem eletrônica. Mais de 34 validações foram registradas em apenas uma hora, sem que qualquer passageiro estivesse a bordo, de acordo com o portal Metrópoles. O estado reembolsava os créditos, como se as viagens fossem reais.

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O inquérito aponta que o grupo estruturou uma verdadeira organização criminosa, com divisão de tarefas, ocultação patrimonial e lavagem de dinheiro, movimentando um montante de dezenas de milhões de reais por ano. Parte dos valores era lavada por meio de movimentações fracionadas, compra de bens em nome de terceiros e empresas de fachada. 

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O esquema foi identificado em linhas intermunicipais que ligam a Baixada Fluminense, como Guapimirim, Magé, Piabetá e Raiz da Serra ao Centro do Rio. As investigações contaram com o cruzamento de dados do sistema de bilhetagem, rastreamento de itinerários, audição de testemunhas e apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e do Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD).

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Um dos investigados, que a polícia aponta como sendo o líder do grupo, movimentou mais de R$ 1,2 milhão em seis meses, sendo R$ 259 mil em dinheiro vivo. Os alvos estão em dirigentes de cooperativas e operadores de linhas suspeitas. Os acusados vão responder por peculato, lavagem de capitais e constituição de organização criminosa.

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