Como agia quadrilha que roubava celulares e ameaçava donos de aparelhos
Os chefes do grupo forneciam armas aos assaltantes e faziam parcerias com traficantes

Uma quadrilha especializada em roubos de celulares, com ramificações no tráfico e envolvimentos com roubo, receptação e estelionato começou as ser desmontada pela Polícia Civil com a prisão de 37 pessoas nesta terça. Os bandidos que são alvo da Operação Omiros também ameaçavam as vítimas para desbloquear os aparelhos e praticar delitos financeiros.
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Os ladrões agiam na Central do Brasil, no Calçadão de Bangu, na Zona Oeste, e no Centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Os chefes da quadrilha forneciam armas aos assaltantes e faziam parcerias com traficantes das regiões para as ações criminosas, garantindo parte dos lucros às facções do tráfico de drogas.
Os agentes cumpriram 43 mandados de prisão, e foram recebidos a tiros em alguns lugares. A Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) descobriu, em interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, que os criminosos pressionavam e ameaçavam as vítimas para obter senhas e desbloqueios.
Ameaças via WhatsApp e SMS eram um dos recursos dos bandidos, com fotos de armas de fogo e exposição de dados pessoais das vítimas, incluindo endereços e nomes de familiares. Segundo a polícia, os criminosos faziam uso de ameaças diretas, intimidação psicológica e coação financeira, exigindo pagamentos ou informações sob a ameaça de represálias.
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A investigação mostrou que os criminosos ostentavam luxo nas redes sociais, com festas financiadas pelo crime, e revelou uma estrutura financeira para lavar o dinheiro obtido com a venda dos celulares desbloqueados.