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Cadê o guia?

Lançado há pouco, o city tour em ônibus aberto é uma boa ideia, mas pode ser aperfeiçoado

Por Caio Werneck
Atualizado em 5 jun 2017, 14h05 - Publicado em 10 abr 2013, 19h51
foto Fernando Frazão
foto Fernando Frazão (Redação Veja rio/)
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foto Fernando Lemos
foto Fernando Lemos ()

É crescente o número de pessoas que visitam o Rio. Em 2012, 2 milhões de estrangeiros passaram por nossa cidade, atraídos pelas paisagens luxuriantes e pelo caráter amistoso do carioca. Com a iminência das importantes competições que vamos sediar, a expectativa é bater em breve todos os recordes de turismo. De olho no público em expansão, foi criado no último mês um city tour em ônibus aberto, inspirado em serviços semelhantes existentes em metrópoles internacionais. Com ponto de partida em São Conrado e ao custo de 30 reais por cabeça, o trajeto contempla a orla da Zona Sul, o Centro, o Cosme Velho, a Lagoa e o Jardim Botânico. Oferecer ao visitante a possibilidade de fazer um giro em um coletivo apropriado para observar a vista lá fora é uma boa ideia, que, no entanto, esbarra em problemas operacionais (veja o quadro).

Para começar, falta um guia para identificar os pontos do percurso e contar a história dos lugares. É verdade que os passageiros ganham no embarque um folheto com o itinerário, mas é preciso ficar atento às placas de sinalização para não se perder. Uma boa lição vem de Nova York, onde duas empresas dispõem do mesmo serviço. Lá, é possível comprar o bilhete nos principais pontos turísticos, enquanto aqui a venda se dá em agências conveniadas ou numa central telefônica. Na metrópole americana, há a opção de diversos trajetos e paradas, e o passageiro pode descer e embarcar quantas vezes quiser, com tempo de espera inferior a dez minutos. Pode-se também adquirir o pacote de três dias, que inclui ingresso em certas atrações. No Rio, ao contrário, o cliente compra uma viagem e só pode descer e retornar ao coletivo uma única vez, correndo o risco de esperar 45 minutos até que passe o próximo ônibus (por enquanto, são apenas oito). “Senti falta de ter informações pelo caminho”, diz o paulista Sílvio Cerqueira, que fez o passeio na Semana Santa com a namorada, a publicitária Júlia Teixeira. “Ainda estamos desenvolvendo o produto. Teremos novidades”, afirma o diretor da City Rio Tour, Álvaro Lopes. Entre elas, o empresário acena com um sistema de som que traga informações ao longo do trajeto, e a introdução de rotas pelo Maracanã e pela Barra da Tijuca. Turista, certamente, não vai faltar.

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