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Cinco programas imperdíveis para o fim de semana

Confira a seleção especial de VEJA RIO para deixar seu fim de semana ainda mais animado

Por Da Redação
Atualizado em 2 jun 2017, 13h04 - Publicado em 3 jul 2014, 17h18

Clássico do russo Anton Tchekov (1860-1904), o drama sugere uma reflexão sobre o tempo através das divagações de Olga, Macha e Irina, as irmãs do título. Nascidas e criadas em Moscou, elas moram em uma província com o irmão, Andrei, mas sonham com o futuro glorioso (e hipotético) que as aguarda quando, um dia, voltarem à capital. Dirigida pela jovem Morena Cattoni, a montagem ocupa o jardim do Casarão Austregésilo de Athayde, no Cosme Velho – opção que sublinha de maneira eloquente a questão da passagem do tempo. Com a sessão iniciada às 16 horas, o público acompanha o crepúsculo real conforme as esperanças mais solares das três irmãs (vividas aqui por Paula Sandroni, Gisela de Castro e Julia Deccache) também vão se dissipando. Produzida na raça, sem patrocínio, a encenação compreensivelmente se escora em poucos objetos para evocar a casa onde se passa a história, mas tem na ambientação um trunfo. A direção consegue a proeza de aproveitar ao máximo (mas sem marcações gratuitas) todas as possibilidades oferecidas pelo jardim, ocupado por vezes em espaços simultâneos. O elenco é heterogêneo, com a ala masculina menos evidenciada, mas encontra seu mais firme ponto de apoio justamente no trio principal – destaque para Gisela, comovente na dor silenciosa de Macha (95min). 10 anos. Estreou em 14/6/2014.

Casarão Austregésilo de Athayde (30 lugares). Rua Cosme Velho, 599, Cosme Velho. Informações e reservas, ☎ 99166-6718 e 99974-8272. Sexta a domingo, 16h. Não haverá sessão em dias de jogo do Brasil na Copa do Mundo. Grátis. Até 20 de julho.

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Uma das maiores e mais ambiciosas produções dos irmãos Fabiano e Caio Gullane (de O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias), esta aventura leva a direção do documentarista francês Thierry Ragobert (O Planeta Branco). Com enredo simples, é uma trama infantil, mas que adultos vão curtir bastante. Narra-se aqui a trajetória de Castanha, um macaco-prego criado em cativeiro. O animal é vendido para um circo e, no caminho, o avião cai no meio da Floresta Amazônica. A partir daí, Castanha encara as adversidades da mata, enfrenta o ataque de predadores, procura alternativas para se alimentar e se encanta com a macaquinha Gaia. Quem viu A Marcha dos Pinguins (2005) vai notar semelhanças. O “protagonista” ganha voz em off (de Lúcio Mauro Filho) e passa por situações perigosas em meio à deslumbrante natureza. Foram três anos de produção e dificuldades transpostas para chegar a um resultado formidável – o longa é um mix de registro real com uma convincente história ficcional. A coprodução francesa ainda rendeu um acabamento de primeira linha. Da requintada fotografia à impecável edição de som, o filme ganhou uma versão em 3D de encher os olhos e balançar o coração. Direção: Thierry Ragobert Amazonia, França/Brasil, 2013, 83min). Livre. Estreou em 26/6/2014.

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Artista quase sempre autodidata, a paulista Djanira da Motta e Silva (1914-1979) chegou a ter aulas com o pintor Emeric Marcier e frequentou por algum tempo o Liceu de Artes e Ofícios no Rio, mas não foi além disso. À margem da academia, inscreveu seu nome na história da arte brasileira, ancorada em uma obra muito particular – marcada por enorme riqueza cromática, temas nacionais e uma então inusitada mescla de figuração e geometrismos. No ano em que ela completaria um século de vida, sua trajetória é celebrada na individual Pintora Descalça. A Caixa Cultural abriga 37 obras, a maioria pinturas a óleo, acrílicas e guaches, sobre variados suportes. Tema caro a Djanira, o universo dos trabalhadores surge em boa parte da seleção, como em Mineiros de Carvão (1974) e Trabalhadores da Cana (1966), uma eloquente mostra do seu talento. Santos, paisagens, retratos e evocações da brasilidade (em imagens de festas juninas, por exemplo) completam o acervo.

Caixa Cultural – Galeria 1. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, ☎ 3980-3815, Carioca. Terça a domingo, 10h às 21h. O espaço estará fechado em dias de jogo do Brasil na Copa do Mundo. Grátis. Até 20 de julho.

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Ele nasceu na Inglaterra, terra dos pubs com encorpados chopes nas torneiras. Ela é do Brasil, onde reina a caipirinha. O casal Dominic e Selene Parry optou por uma terceira via etílica, o vinho, quando inaugurou seu negócio próprio em Botafogo. O salão, em funcionamento desde abril, é pequeno e a adega torna-se parte da decoração. Na calçada, mesas se espalham, em bem-vinda informalidade que contrasta com o comportamento mais usual dos amantes de vinho. A carta exibe 52 rótulos, entre espumantes, brancos, rosés, tintos e bebidas de sobremesa, com valores que vão de R$ 45,00 a R$ 145,00 – a exceção é o champanhe Deutz Brut Classic (R$ 295,00). As opções em taça são descritas no charmoso quadro-negro. Pedida acertada, o nacional Casa Venturini Tannat Reserva 2012 se mostrou equilibrado (R$ 60,00). No enxuto cardápio de tira-gostos, tudo é preparado com esmero. A tábua de frios e queijos trouxe os embutidos, cortados finos, queijos frescos e um chutney de tomate incrível (R$ 55,00). Há seis opções de bruschetta, servidas em dupla por R$ 12,00. A mais leve, de cottage e abobrinha temperada, é tremendamente saborosa.

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Rua Paulo Barreto, 25, loja E, Botafogo, ☎ 3264-4101 (35 lugares). 17h/0h (sex. e sáb. até 1h; fecha seg.). Cc: todos. Cd: todos. https://www.winehouserio.com.br. Aberto em 2014.

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Exemplar antigo na coleção de clássicos de Maria Clara Machado (1921-2001) – a lista inclui, entre outros, O Rapto das Cebolinhas, Pluft, o Fantasminha e O Cavalinho Azul -, a peça foi escrita em 1955 e estreou três anos depois, no Tablado. De volta ao mesmo palco pela terceira vez, ganhou produção com toques atuais, mas preserva a saborosa combinação de ingenuidade e inteligência que é a marca registrada da autora. No cenário assinado por Lídia Kosovski há caldeirões fumegantes, além dos divertidos bambolês iluminados por lâmpadas de LED, usados na criação da floresta onde a história se desenvolve. Na trama dirigida por Cacá Mourthé, a bruxinha Ângela (Diana Herzog) é aprisionada em uma torre depois de apresentar mau desempenho na Escola de Maldades. Além das cobranças do Vice Bruxo (Ricardo Monteiro), ela enfrenta a chacota das hilárias colegas Fedorosa (Manuela Llerena), Fedelha (Lilia Wodraschka), Fredegunda (Carol Repetto) e Caolha (Joana Castro). O ótimo trabalho do jovem elenco ganha inspirado apoio ao vivo de uma banda, encarregada da trilha sonora original e dos animados efeitos sonoros (55min). Rec. a partir de 3 anos. Reestreou em 22/3/2014.

O Tablado (147 lugares). Avenida Lineu de Paula Machado, 795, Lagoa, ☎ 2294-7847. Sábado e domingo, 17h. R$ 50,00. Bilheteria: a partir das 15h (sáb. e dom.). Até 31 de agosto.

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