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Por que CEO das Lojas Americanas entrou em lista vermelha da Interpol

Miguel Gutierrez é procurado pela PF em operação contra fraude de R$ 25 bilhões; ele e uma de suas diretoras estão no exterior e são considerados foragidos

Por Da Redação
Atualizado em 27 jun 2024, 18h32 - Publicado em 27 jun 2024, 18h31

O ex-CEO das Lojas Americanas Miguel Gutierrez e uma de suas diretoras, Anna Christina Ramos Saicali, terão seus nomes incluídos na Difusão Vermelha da Interpol, a lista dos mais procurados do mundo. Os dois estão no exterior e são considerados foragidos. Equipes da Polícia Federal tentaram prendê-los nesta quinta (27), na Operação Disclosure, contra as fraudes contábeis na empresa que, segundo as investigações, chegaram a R$ 25 bilhões.

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Agentes da PF também saíram nesta quinta (27) para cumprir 15 mandados de busca e apreensão contra outros ex-executivos do grupo. A 10ª Vara Federal Criminal ainda determinou o bloqueio de R$ 500 milhões em bens dos envolvidos.

A operação é fruto de investigação iniciada em janeiro de 2023, após a empresa ter comunicado a existência de “inúmeras inconsistências contábeis” e um rombo patrimonial estimado, inicialmente, em R$ 20 bilhões. Mais tarde, a Americanas revelou que a dívida chegava a R$ 43 bilhões. Foram identificados vários crimes, como manipulação de mercado, uso de informação privilegiada (ou insider trading), associação criminosa e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, os alvos poderão pegar até 26 anos de prisão.

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De acordo com a PF, a fraude maquiou os resultados financeiros do conglomerado a fim de demonstrar um falso aumento de caixa e consequentemente valorizar artificialmente as ações das Americanas na bolsa. Com esses números manipulados, segundo a PF, os executivos recebiam bônus milionários por desempenho e obtinham lucros ao vender as ações infladas no mercado financeiro.

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“A Americanas reitera sua confiança nas autoridades que investigam o caso e reforça que foi vítima de uma fraude de resultados pela sua antiga diretoria, que manipulou dolosamente os controles internos existentes. A Americanas acredita na Justiça e aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos”, disse a Americanas, em nota.

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