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Casos de dengue no Rio de Janeiro caem 90% em janeiro

Apesar da marca, dos 92 municípios fluminenses 22 estão no chamado nível de alerta

Por Agência Brasil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
15 fev 2017, 12h22
 (Reprodução da Internet/)
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O número de casos de dengue registrado em janeiro no estado do Rio de Janeiro atingiu 1.485, revelando queda de cerca de 90% em comparação ao mesmo mês do ano passado (15.471), de acordo com o Sistema InfoDengue, criado em 2015 pela Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getulio Vargas (EMAp-FGV).

Segundo o professor de epidemiologia matemática e coordenador do sistema, Flávio Coelho, como o estado teve uma epidemia significativa em 2016, se for o mesmo vírus que estiver circulando, a maioria das pessoas já pegou dengue e, portanto, a epidemia acaba não sendo muito expressiva. Ele explicou que, em geral, a epidemia vai ser grande quando se troca o vírus. “Quando ocorre essa troca, geralmente a gente tem um ano intenso [da doença]”.

O Sistema InfoDengue começou a operar oficialmente em 2015, fazendo a análise de notificações da doença referentes à capital fluminense e hoje monitora todo o estado e também o Paraná e o Espírito Santo. O projeto, sem fins lucrativos, é feito por adesão e depende da colaboração das secretarias estaduais e municipais de Saúde para enviar os dados.

No Paraná e no Espírito Santo, os casos também mostraram redução de 20.932, em janeiro de 2016, para cerca de 5 mil em janeiro de 2017; e de 8.551 para 1.166, na mesma comparação, respectivamente.

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Nível de alerta

Dos 92 municípios fluminenses, Coelho disse que 22 estão no chamado nível de alerta de transmissão, o que significa que as condições climáticas para reprodução do mosquito Aedes aegypti são ótimas nessas localidades. “Predomina no verão, mas tem que ter algum nível de umidade e de pluviosidade [volume de chuva que cai em certo lugar durante determinado espaço de tempo]”, disse Coelho, que também é biólogo. Segundo Coelho, nesse período, tais municípios estão agregando essas condições.

De acordo com o professor, tais cidades estão espalhadas de norte a sul no estado do Rio de Janeiro. Ele citou Paraty, no sul fluminense; e Campos dos Goytacazes e Itaperuna, no norte. “Não há nenhuma região predominante.”

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Coelho disse que o fato de ter havido redução do número de casos em janeiro não significa que o verão terá incidência menor no estado. “Estamos começando o verão com baixa incidência, mas, como este ano promete ter uma temperatura elevada até mais tarde, podemos vir a ter um surto de dengue até o mês de abril. Eu não descartaria.” Como as temperaturas começam a declinar a partir de maio, isso afeta muito o comportamento do mosquito e, portanto, a transmissão.

O InfoDengue vai ampliar o monitoramento para outras doenças, disse o professor da FGV. O sistema já fechou acordo com a capital fluminense para começar a receber dados da chikungunya. Até março, Coelho espera iniciar o acompanhamento da doença.

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