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Caso Marielle: cinco anos depois, o que ainda precisa ser esclarecido

Quem encomendou o crime? Por qual motivo? Onde estão as armas usadas? São muitas as perguntas até hoje sem respostas

Por Da Redação
14 mar 2023, 16h34

Cinco anos após o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, no centro do Rio, a polícia ainda não identificou os mandantes do crime. Também não se sabe até hoje o que teria motivado o atentado. Os dois únicos homens presos sob a suspeita de serem os executores do crime negam as acusações e não foram julgados até hoje. A arma do crime nunca foi encontrada nem se descobriu sua origem, assim como a das munições utilizadas pelos assassinos.

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“O crime precisa ser solucionado, será uma resposta à democracia”, afirmou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, à rádio CNN. Ao assumir o cargo, o ministro da Justiça e Segurança Pública(MJSP), Flávio Dino (PSB),já havia dito que esclarecer as mortes de Marielle e Anderson são uma “questão de honra”. Ele mandou a Polícia Federal (PF) abrir um inquérito para investigar os assassinatos. Com isso, a PF irá auxiliar na apuração dos homicídios, até então a cargo das autoridades fluminenses, entre elas o Ministério Público do estado, que anunciou neste mês os novos integrantes da força-tarefa à frente do caso. O governo Lula enviou ao Congresso no início de março um projeto de lei para transformar o 14 de março no Dia Nacional Marielle Franco.

Nestes cinco anos, houve quatro trocas dos promotores responsáveis pelo caso, que também já passou pelas mãos de cinco delegados da Polícia Civil do Rio. O que se acredita é que o crime tenha dimensão política. Além de Marielle ter sido porta-voz de uma pauta política-eleitoral ligada a grupos minoritários, há a hipótese de ela ter sido morta por ter conquistado muitos votos em áreas antes dominadas por  rivais políticos. Em março de 2019, o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Queiroz foram presos preventivamente, e desde então aguardam julgamento com júri popular, ainda sem data marcada para acontecer. Lessa é suspeito de ter feito os disparos, e Queiroz teria dirigido o carro usado na emboscada. As investigações não apontaram ainda se os dois agiram sozinhos ou por ordem de alguém.

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No decorrer das investigações, um dos suspeitos pela autoria do crime foi o ex-vereador Cristiano Girão, ex-chefe de uma milícia que age na Zona Oeste. Ele foi preso em julho de 2021 acusado pelo MP-RJ de ser o mandante de um duplo homicídio que teria sido executado em 2014 por Ronnie Lessa, segundo o MP-RJ. Sua defesa nega o envolvimento no crime. Domingos Brazão, conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Rio, também figura como suspeito. Em 2019, a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que “arquitetou o homicídio” e denunciou à Justiça por supostamente obstruir as investigações do caso. O processo corre em sigilo.

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Embora a perícia tenha determinado que uma submetralhadora HKMP5 foi usada para matar Marielle e Anderson, a arma nunca foi encontrada. Em 2021, Ronnie Lessa, sua mulher, cunhado e dois amigos foram condenados pela Justiça por destruição de provas ao descartar armas de fogo no mar do Rio. A suspeita é que a submetralhadora usada na emboscada contra a vereradora e seu motorista estaria entre elas, mas nada foi recuperado pelas operações de busca.

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