Caso Anic: MP acredita que mentor de sequestro era amante da advogada
Foto em momento de lazer da vítima mostra a presença do ex-amigo da família, que está preso, no reflexo de uma vidraça
A polícia trabalha com a hipótese, amparada em diversas evidências, de um caso amoroso entre a advogada Anic Almeida Peixoto Herdy, e o amigo e segurança da família, Lourival Correa Netto Fatica, que está preso suspeito de armar um sequestro possivelmente seguido de morte, já que Anic está desaparecida há três meses. Lourival a teria atraído para um encontro no dia em que ela foi vista pela última vez, trocando mensagens pelo celular em rua de Petrópolis, segundo imagens de câmeras de segurança.
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Uma testemunha em Ciudad Del Leste, no Paraguai, o comerciante Michel Mansour, dono de uma loja de celulares, contou à polícia que o casal “esteve várias vezes junto na loja”, e que viu por diversas vezes Anic e Fatica, apelido de Lourival, se beijarem. Uma das fotos que fazem parte da investigação, que mostra Anic ao lado do boneco de um leão, um momento de lazer, exibe em detalhe, no reflexo de uma vidraça, a figura de Lourival. O caseiro da família Herdy, Laurentino Romão do Nascimento, disse à polícia achar estranha a proximidade entre os dois.
Nesta quarta (22), a polícia fez buscas em um sítio em Guapimirim, após ter que Lourival pesquisou o endereço na internet depois de ter comprado uma picape de luxo. Agentes da 105ª DP (Petrópolis) vasculharam o local com ajuda de cães farejadores e chegaram a cavar partes do terreno, mas nada encontraram. As buscas por Anic continuam, ainda que a polícia acredite que a mulher esteja morta.
Lourival, que já foi segurança da advogada e do marido, foi preso, denunciado e virou réu por extorsão mediante sequestro. Também participaram do crime, segundo a investigação, a namorada de Lourival, Rebecca Azevedo dos Santos, além de seus filhos Maria Luiza Vieira Fadiga e Henrique Vieira Fadiga.
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O valor do resgate foi de mais de R$ 4,6 milhões, pago pelo marido da vítima, o milionário Benjamin Cordeiro Herdy. Parte do dinheiro foi gasta em um carro de luxo e uma moto, além de 950 aparelhos celulares, que seriam levados para a loja de Lourival, em Teresópolis, na região Serrana.