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Carlota Portella dá aulas de dança para meninas de baixa renda

Junto com a sócia, Thereza Mascotte, ela criou então o projeto socioeducativo Dançar, voltado para estudantes da rede pública de ensino

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 18 fev 2017, 08h00 - Publicado em 18 fev 2017, 08h00

Em 2006, quando a icônica companhia Vacilou Dançou encerrou as atividades nos palcos, a sua fundadora, Carlota Portella, já sabia que não conseguiria ficar parada — ainda que pesasse o fato de ter uma das principais escolas de dança da cidade para tocar. Junto com a sócia, Thereza Mascotte, ela criou então o projeto socioeducativo Dançar, voltado para estudantes da rede pública de ensino, que também se tornam alunas da Jazz Carlota Portella, no Jardim Botânico. Atualmente, estão matriculadas 120 meninas, com idade entre 7 e 20 anos, distribuídas em três turmas, que fazem aulas de dança (uma mistura de jazz e balé clássico, com exercícios de psicomotricidade) duas vezes por semana sem nenhum custo. “Nós damos até as roupas e as sapatilhas. Infelizmente, no momento, não estamos oferecendo o transporte, mas, quando é possível, também arrumamos vans para pegá-las”, revela Carlota, que não conta com patrocínio. “O que tenho são alguns apoios. Consigo comprar o material um pouco mais barato, e algumas mães fazem doações. Mas não aceito sapatilhas velhas, não”, ressalta.

“Quero ajudar na evolução educacional das crianças. A dança faz pensar, dá disciplina, ensina a respeitar o espaço do outro”

Carlota deixa claro que sua intenção não é formar bailarinas profissionais. “Não pretendo descobrir talentos. Quero ajudar na evolução educacional dessas crianças. A dança faz pensar, dá disciplina, ensina a respeitar o espaço do outro”, diz ela. Os resultados são comprovados. “Os professores notam que as meninas ficam mais concentradas no colégio”, conta. Para começar a ensaiar, é simples. Anualmente, Carlota avisa às escolas nos arredores quantas vagas há disponíveis, e os próprios professores fazem as indicações. O comportamento e a aplicação são os critérios de seleção. “Outro dia, uma menina de 12 anos disse que, ao participar das aulas, ganhava dignidade. Era isso que eu queria. Sei que é um grão de areia no meio de tudo de que a sociedade necessita, mas o projeto me dá muito orgulho”, afirma a ex-bailarina e coreógrafa. Não é para menos. Todo fim de ano, essas meninas se apresentam no Teatro da Divina Providência, também no Jardim Botânico, para a família.

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