Carioca Nota 10: Andrea Murgel

A empresária Andrea Murgel faz trabalho voluntário com crianças com aids e ajuda mães que perderam seus filhos

Por Bruna Talarico
Atualizado em 5 dez 2016, 13h45 - Publicado em 28 mar 2014, 21h36
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carioca-nota-dez.jpg (Redação Veja rio/)
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A empresária Andrea Murgel tem 48 anos, é formada em publicidade, tem pós-graduação em marketing e é sócia de um spa de terapias alternativas em Ipanema. Ela costuma dizer, no entanto, que nenhuma de suas atividades foi capaz de lhe trazer tanta satisfação quanto o trabalho voluntário. Há oito anos, Andrea se veste com um longo rosa, põe sapatos prateados, guirlanda na cabeça e um par de asas nas costas para alegrar crianças portadoras do vírus HIV atendidas no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Encarnando a Fada Rosa, ela ainda participa de festividades organizadas para os pequenos, como aniversários e comemorações do Dia das Crianças e do Natal, e coleta doa¬ções para as famílias, quase sempre carentes. “É uma experiência muito gratificante perceber que as crianças ainda são capazes de sorrir para você apesar de tudo o que estão vivendo”, conta.

“Há situações em que apenas o amor incondicional nos permite superar as dificuldades. É o que acontece nos casos de aids ou na perda de um filho”

Há pouco mais de um ano, uma tragédia pessoal acabou reforçando sua opção pelo voluntariado, agora em uma frente paralela. Em janeiro do ano passado, o filho de Andrea, Eduardo, de 21 anos, morreu ao se acidentar com um banana boat em Angra dos Reis. Arrasada com a perda, a empresária decidiu dar vazão a seu sofrimento em textos sobre o assunto. “No dia seguinte à morte do Dudu, comecei a escrever o que sentia em um caderno”, recorda. Com o tempo, achou que as impressões poderiam ser úteis também a outras pessoas que sofressem a mesma dor e passou a publicá-las no blog Mãe, Vamos Conversar, recém-transformado em livro, a ser lançado ainda neste mês. Em um desdobramento do projeto, começou a oferecer em seu spa terapias gratuitas a mulheres que perderam seus filhos e não têm condições de arcar com as despesas. Entre elas estão, por exemplo, algumas das mães cujos filhos morreram na tragédia da Escola Municipal Tarso da Silveira, em Realengo, onde doze adolescentes com idade entre 13 e 16 anos foram assassinados em abril de 2011. “Há situações em que apenas o amor incondicional nos permite superar as dificuldades. É justamente isso que procuro passar às pessoas, tanto as mães quanto as crianças doentes”, diz a empresária. ?

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