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Carioca Nota 10: Andréa Gomides

A especialista em computação Andréa Gomides criou uma instituição especializada em auxiliar ONGs a gerir projetos sociais

Por Bruna Talarico
Atualizado em 5 dez 2016, 14h01 - Publicado em 22 nov 2013, 19h52

Ocupar um cargo de direção em uma grande multinacional não é tarefa para amadores. A situação fica ainda mais complicada quando a família mora em outra cidade e as atividades paralelas incluem a atuação em um projeto de trabalho voluntário. Durante vários anos, essa foi a rotina da carioca Andréa Gomides, executiva na filial brasileira da Microsoft em São Paulo: vivia na ponte aérea e ainda participava de uma ação social em uma favela na Zona Norte paulistana. Foi durante a espera por um voo atrasado, em 2007, que ela resolveu virar o jogo. Enquanto aguardava no saguão de Congonhas, foi fisgada pelo título de uma obra exposta em uma livraria, Saí da Microsoft para Mudar o Mundo, em que o americano John Wood, ex-executivo do gigante de tecnologia, descreve sua descoberta do ativismo filantrópico. “Depois de nove, dez horas de trabalho puxado quase todos os dias, eu via que nada tinha tido um impacto imediato ou direto na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Decidi que era hora de mudar”, lembra. A executiva pediu demissão, voltou para o Rio e abriu o Instituto Ekloos, especializado em ajudar outras entidades a se estruturar e a otimizar seus processos para, com menos recursos, atender mais gente.

“Decidi fazer algo que tivesse impacto direto na melhoria da qualidade de vida das pessoas”

Formada em processamento de dados pela PUC-Rio, Andréa se orgulha de já ter ajudado mais de cinquenta projetos a se sustentar sozinhos. Na prática, ela fornece educação administrativa, consultoria de gestão e tecnologia por meio de um software que organiza contas e faz o controle de mão de obra. Além disso, arregimenta voluntários para as diferentes iniciativas. “Muitas vezes as ONGs são muito be¬¬m-intencionadas, mas faltam preparo, estrutura e sistematização”, explica. A realidade do setor justifica tamanha dedicação. Das 290?000 entidades do gênero que existem no Brasil, 72% não possuem em seu quadro nenhum profissional assalariado, o que repetidas vezes leva a boa ideia a um fim precoce. O apoio oferecido pelo Ekloos é gratuito, uma vez que seus recursos vêm das consultorias que presta para grandes empresas interessadas em investir no terceiro setor. “No fim, os dois lados têm muito mais semelhanças entre si do que se imagina”, diz ela.

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