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Bióloga cria instituto para promover a preservação de corais

Fundadora do Instituto Brasileiro de Biodiversidade, Simone Oigman atua na proteção e conservação ambiental

Por Heloiza Gomes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 19 jan 2018, 12h26 - Publicado em 19 jan 2018, 12h26
“A comunidade científica gera muito conhecimento através das pesquisas, mas a população pouco o usa. É preciso que ele seja disseminado” (Selmy Yassuda/Divulgação)
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Desde 2000 a bióloga marinha Simone Oigman Pszczol se dedica a pesquisas sobre os corais — primeiro no mestrado, depois no doutorado e no pós-doutorado. Envolveu-se tanto com o tema de seus estudos que, em julho de 2013, criou o Instituto Brasileiro de Biodiversidade (BrBio), na tentativa de difundir para além das universidades a importância da conservação ambiental. “A comunidade científica gera muito conhecimento através das pesquisas, mas a população pouco o usa. É preciso que ele seja disseminado e que haja troca de experiências. Por isso, funcionamos como uma ponte entre a ciência e a sociedade civil”, afirma a bióloga, que hoje conta com o apoio de catorze universidades e mais de noventa profissionais de diversas áreas na empreitada.

A ligação é feita por meio de projetos como o Ecorais e o Coral-Sol, ambos sob a coordenação de Simone. Enquanto o primeiro promove ações para preservar uma espécie nativa das praias de Búzios, ameaçada pelo esgoto e pelo lixo jogado no mar, o segundo se concentra em atacar um tipo invasor, na Ilha Grande. “O coral-sol não é daqui, é do Pacífico. Ele compete com espécies nativas, produz substâncias químicas nocivas à flora e à fauna marinha locais, o que afeta a biodiversidade, e ainda tem um impacto socioeconômico, porque prejudica o ecoturismo e a pesca”, explica. Para combater o que ela chama de poluição biológica, a iniciativa atua em várias frentes: monitoramento, remoção, pesquisa, campanhas de sensibilização e resgate social. “Já capacitamos mais de 100 pessoas, que hoje podem fazer a retirada manual do coral invasor e transformá-lo em produtos para a comercialização”, conta Simone.

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