Beatriz Milhazes
Faça um passeio sem pressa pela mostra Meu Bem, em cartaz no Paço Imperial. A curadoria é do francês Frédéric Paul

AVALIAÇÃO ✪✪✪✪
Na contramão do que dizem a crítica e o mercado, ainda há quem teime em achar as telas da artista carioca todas muito parecidas. Para os céticos e, é claro, também para os seus admiradores, recomenda-se um passeio sem pressa pela mostra Meu Bem, em cartaz no Paço Imperial. A curadoria é do francês Frédéric Paul, autor de ensaios sobre Beatriz Milhazes e responsável por Panamericano, exposição dedicada a ela que foi montada no Malba, em Buenos Aires, no ano passado. No Rio, técnicas e materiais que, dispostos em camadas, resultam na colorida variedade de cada trabalho saltam aos olhos do visitante. Colocadas lado a lado, Me Perdoa… Te Perdoo (1989) e Lavanda, recém-saída do ateliê no Horto, escancaram o longo caminho percorrido entre as duas. No restante do percurso, as mais de sessenta obras, entre pinturas, colagens e gravuras, estão expostas em ordem cronológica. Além da conhecida O Mágico (2001), merece atenção especial Gamboa I, móbile de 9 metros feito para a ocasião.
Paço Imperial. Praça XV de Novembro, 48, Centro, ☎ 2215-2093. Terça a domingo, 12h às 18h. Grátis. Até 27 de outubro.
Figuraça: Paulo Roberto Teixeira, vigilante do Paço há mais de vinte anos, se diverte. ?Muita gente passa direto pela tela Meu Limão, mas, depois que eu aponto a obra, comprada por 2,1 milhões de dólares num leilão da Sotheby?s, desata a elogiá-la?, conta