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Barra da Tijuca se consolida como polo de saúde de alta tecnologia

Entre emergências, centros de prevenção e reabilitação, o bairro vive cenário efervescente na saúde e reúne hoje os mais bem equipados hospitais da cidade 

Por Marcela Capobianco
19 Maio 2023, 06h00

O caso da cantora Preta Gil, 48 anos, diagnosticada com um tumor maligno no intestino, compõe uma estatística que situa esse câncer como um dos mais incidentes do mundo, sendo o terceiro mais comum no Brasil. O último levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca) sublinha o surgimento de 44 000 ocorrências desse tumor no país a cada ano. Atenta aos indicadores, que abrangem outras variações de câncer, a rede Dasa inaugurou, em dezembro de 2022, na Avenida das Américas, um centro médico exclusivo para o tratamento da doença, com um investimento de 110 milhões de reais.

O hospital é o primeiro da América Latina a adquirir um Acelerador Linear Edge, uma ultramoderna máquina para radioterapia que permite máxima precisão ao tratar um tumor, causando menos efeitos colaterais. O prédio de quatro andares e 8 000 metros quadrados possui 27 consultórios e trinta salas destinadas a quimioterapia. “A Barra concentra uma população de bom poder aquisitivo, com acesso a bons planos de saúde. Além disso, é um lugar em que há espaço para unidades de saúde de grande porte”, avalia o médico Luiz Henrique Araújo, diretor regional da Dasa Oncologia.

Dasa Oncologia: o primeiro da América Latina com máquina de ponta para radioterapia
Dasa Oncologia: o primeiro da América Latina com máquina de ponta para radioterapia (./Divulgação)

O Barra D’Or foi o pioneiro na região, ao começar em 1998 a oferecer serviços médicos de ponta para suprir a elevada demanda e acabou crescendo junto com o bairro. No primeiro semestre de 2024, uma nova sede, altamente tecnológica, abrirá as portas ali pertinho, ao lado do shopping Via Parque. “Hoje temos 158 leitos e passaremos a contar com 215. O centro cirúrgico se expandirá por doze salas, e aumentaremos a capacidade de atendimento da emergência em 20%”, enumera Martha Savedra, diretora regional da Rede D’Or, que apostou 500 milhões de reais no projeto.

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O atual prédio do Barra D’Or vai passar a se dedicar exclusivamente à pediatria. A 6 quilômetros de distância, os corredores da Perinatal testemunham todo mês o primeiro choro de 500 bebês. Com a transferência da unidade de Laranjeiras para o Glória D’Or, a maternidade da Barra se tornou referência em casos de alta complexidade, a exemplo da cirurgia de correção da coluna vertebral, com o feto ainda no útero. “Nosso parque tecnológico reúne o que há de mais arrojado no mundo, como o aparelho de ultrassom em 4D”, garante o diretor Bruno Alencar, à frente desta que é a maior UTI neonatal privada da cidade, com 52 leitos.

Entre 2000 e 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal da Barra da Tijuca, medido pelo Instituto Pereira Passos (IPP), subiu 10%. Foi o maior crescimento registrado entre todas as regiões cariocas. O acelerado progresso daquelas bandas foi reafirmado no último mês, quando uma nova pesquisa do órgão mostrou que a Barra é campeã nos medidores de qualidade de vida. Sim, as pessoas ali estão se cuidando — e isso atrai investimentos de negócios voltados para a prevenção de doenças, como a clínica Meu Doutor Novamed, da Bradesco Seguros, inaugurada em abril, no Jardim Oceânico.

“O morador da Barra está mais preocupado com o bem-estar e quer envelhecer com saúde, por isso se dedica à prevenção de doenças. Nossos estudos mostram que o acompanhamento de rotina diminui em até 30% a chance de um paciente precisar de um pronto-socorro”, diz Aline Thomasi, superintendente da rede, que também oferece atendimento particular e a outros planos selecionados. Com um investimento de 6 milhões de reais, a clínica abrange quinze especialidades em catorze consultórios e dispõe de salas para procedimentos cirúrgicos simples, como vasectomia.

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Prevenção de doenças: foco da clínica aberta pela Bradesco Seguros em abril
Prevenção de doenças: foco da clínica aberta pela Bradesco Seguros em abril (Ari Versiani/Divulgação)

Diante de tantos centros médicos de referência espalhados pelas largas avenidas, há espaço ainda para um nicho que desponta no cenário médico: o hospital de transição, que se concentra em cuidados pós-agudos, como aqueles voltados a alguém que sofreu um acidente vascular cerebral, teve alta após longa internação em UTI, mas precisa de reabilitação para reaprender a andar e se alimentar sozinho. Esse é o mote do hospital Placi, instalado próximo ao Bosque da Barra desde o fim de 2022 após um aporte de 25 milhões de reais.

“Esse modelo, consagrado em países desenvolvidos, começa a ganhar estofo em paralelo ao envelhecimento da população. A medicina é high-tech, mas também tem de ser high-touch. O paciente precisa se sentir acolhido antes de retomar sua rotina”, defende Carlos Alberto Chiesa, diretor-presidente. Por lá, os 82 quartos individuais contam com monitoramento por câmeras e a sala de fisioterapia é equipada com o elevador Sara Plus, o dispositivo mais seguro do planeta para ajudar pacientes a se levantar e caminhar. Na Barra, saúde é coisa séria e de primeiro mundo.

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