Bandidos usam spray de pimenta para furtar foliões em blocos de rua
Apesar de relatos de vítimas nas redes sociais, Guarda Municipal e PM ainda não tiveram registros de ocorrências deste tipo
É fantasia achar que golpistas tiram folga para brincar o Carnaval. Nesta época do ano, o bloco dos ladrões e estelionatários trabalha a todo vapor para tentar se dar bem em meio a quem se diverte nos cortejos que reúnem multidões nas ruas. No último fim de semana, durante os desfiles pré-carnavalescos das agremiações, foram relatados nas redes sociais casos envolvendo um grupo de criminosos que lançavam gás de pimenta no meio dos foliões para realizar os furtos e roubos. A substância irrita os olhos, o que pode dificultar a visão do que está acontecento. Com as pessoas vulneráveis e mais preocupadas com os sintomas, como a tosse, os criminosos praticam os furtos.
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Um dos relatos veio do tradicional Cordão do Boitatá, que reuniu uma multidão cedo no domingo, no Centro. Distraídas e preocupadas em tampar o nariz e a boca para evitar respirar o ar com o produto, as pessoas deixavam bolsas e bolsos desprotegidos. Até o momento, no entanto, não há registros oficiais de ocorrências do tipo, segundo a Guarda Municipal do Rio. “Neste final de semana, a GM-Rio empregou efetivo de 952 guardas no monitoramento dos blocos que desfilaram pela cidade, com foco no ordenamento urbano e do trânsito e também para promover a segurança dos foliões. Até o momento ainda não tivemos registro de prisões“, informou a corporação, em nota, acrescentando que foram registrados sete “focos de confusões, mas sem grandes conflitos, e oito pessoas receberam auxílio após mal súbito”.
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Já a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que a PM vem atuando com policiamento reforçado em diferentes pontos do estado onde desfilam blocos de carnaval. E que, nos último sábado (11) e domingo (12), equipes que atuaram no policiamento nos desfiles dos blocos no Centro e no Jardim Botânico, onde passou o cortejo do Suvaco do Cristo, apreenderam 74 objetos perfurocortantes. A corporação também vem orientando os foliões quanto a medidas de segurança durante os eventos, como a atenção redobrada durante as selfies com celular, a preferência pelas transações com cartões, assim como a solicitação de transporte por aplicativos estando próximo a policiais.
Entre os golpes mais praticados estão o da pochete, quando de que dois ou três homens passam junto à pessoa que está usando este tipo de bolsa. Um deles puxa o zíper, outro furta o que encontra dentro, como celular e documentos. Para evitá-lo, vale usar algum tipo de trava para o fecho, como um elástico de cabelo, ligado ao gancho na lateral. Outra opção é usar a pochete invertida, com a parte do zíper virada para o corpo, dificultando o acesso. As doleiras escondidas dentro da roupa também são alternativa.
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Outra tática usada pelos criminosos é se aproximar do folião e abraçá-lo. Ou abraçar alguém por perto, fingindo que é aniversário. Na distração do momento, um comparsa leva o celular da pessoa. Os cartões com pagamento por aproximação requerem atenção redobrada em multidões, pois criminosos podem colocar um valor na maquininha e tentar uma transferência, sem que a vítima perceba, ao se aproximar dos grupos com o aparelho.