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Avenida Presidente Vargas é um dos pontos mais quentes do Rio, diz UFRJ

Cidade é a primeira do país a ter 'Observatório do Calor'; pesquisadores da UFRJ percorreram mais de 600 km² em 80 bairros para colher dados

Por Da Redação
Atualizado em 20 jul 2023, 14h01 - Publicado em 20 jul 2023, 13h56
Um sensor de medição de temperatura foi acoplado nos carros, além do GPS, tornando possível conseguir essa informação em alta resolução espacial.
Sensor de medição de temperatura: equipamento foi acoplado a carros, tornando possível conseguir informações em alta resolução espacial.  (TV Globo/Divulgação)
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A Avenida Presidente Vargas, no Centro, é um dos pontos mais quentes do Rio. É o que aponta um amplo monitoramento das oscilações de temperatura em 18 diferentes áreas da cidade num dia típico de verão. A capital do estado é a primeira cidade do Brasil a ter o ‘Observatório do calor’, uma iniciativa de um grupo de cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que conta com a parceria do município.

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“É uma avenida que tem um fluxo de veículos muito intenso, o fluxo de pedestres muito intenso e a gente tem também esses padrões construtivos de edifícios muito elevados que acabam deixando esse calor aprisionado aqui”, disse à  Globonews a coordenadora do projeto, Núbia Beray Armond. Segundo o levantamento – que considerou critérios como a escolha de áreas de potencial exposição da população ao calor, a combinação da nossa temperatura com a de vias públicas agrava o calor. “Então a gente primeiro selecionou alguns pontos estratégicos na cidade nos quais a gente teria a concentração grande populacional: pontos de ônibus, BRT, grandes escolas públicas e particulares, hospitais, etc”, enumerou Núbia.

Baseado nesses pontos, os cientistas selecionaram rotas para percorrer com veículos. Um sensor de medição de temperatura foi acoplado nos carros, além do GPS, tornando possível conseguir essa informação em alta resolução espacial. A pesquisa do Observatório do Calor da UFRJ contou com o trabalho de 66 voluntários. Foram percorridos mais de 600 km² em 80 bairros.

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“É a primeira vez que uma cidade metropolitana como Rio de Janeiro apresenta um monitoramento em altíssima resolução e a gente tem, em geral, dados de temperatura de superfície que permitem  a identificação da temperatura numa escala de 30 metros. Agora a gente consegue medir a temperatura do ar na altura do pedestre e em altíssima resolução”, comemora a coordenadora.

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