Para Matheus Souza
Nome em ascensão aos 24 anos, ele assina, dirige e estrela espetáculo no Espaço Sesc a partir de sexta (19)
Como é a sua nova peça, As Coisas que Fizemos e Não Fizemos? O espetáculo é uma ficção científica, uma comédia romântica pós-moderna e um musical pequeno, folk, sobre o que se espera do amor e o que ele acaba sendo. Eu já tinha um texto, mas decidi transformar em musical porque gosto de complicar as coisas. E porque queria um motivo pra poder ficar dançando.
Você é um assumido pupilo do autor e diretor Domingos Oliveira. Como é a sua relação com ele? Ele sempre foi um ídolo, uma das pessoas que me inspiraram a escrever, dirigir e atuar. Ele me adotou. Viramos amigos e até passo na casa dele no Natal. Mas, acima de tudo, ele é meu conselheiro amoroso. Ensina as melhores cantadas.
Qual é o efeito prático de ser apontado como um nome promissor da nova geração de autores e diretores? Eu só sei que, se essa pergunta sair na revista, eu devo levar um exemplar para algumas festas comigo. Ou talvez seja mais discreto fazer uma reunião na minha casa, deixando a revista ?casualmente? aberta na página da entrevista. Espero que alguma garota se impressione. Eu escrevo todos os dias e, em algum momento da noite, entro no banho chorando, dizendo para mim mesmo que sou uma farsa. A verdade é que sou só um cara egocêntrico e, como tal, sei falar bem sobre mim. Só que, em vez de falar, escrevo. E escrevo sobre jovens porque ainda sou jovem. Mas algumas rugas estão começando a aparecer, então a esperança de uma carreira não monotemática ainda existe.