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Ativistas envolvidos nas manifestações de 2013 são absolvidos pela Justiça

São 23 acusados de organizar protestos violentos no Rio, que ficaram conhecidos como black blocs; decisão, em segunda instância, ainda pode ser revisada

Por Da Redação
Atualizado em 20 mar 2024, 14h15 - Publicado em 20 mar 2024, 13h57
Manifestacoes-black- blocs
Black blocs: ativistas foram acusados de formação de quadrilha, corrupção de menores em atos políticos, dano qualificado, resistência, lesão corporal e posse de artefatos explosivos. (Valter Campanato/Agência Brasil)
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Os 23 ativistas acusados de organizar protestos violentos no Rio de Janeiro, entre 2013 e 2014, chamados de black blocs, foram absolvidos pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado. A decisão foi tomada por unanimidade após apelação, dos réus em sessão nesta terça (19). Acusados de formação de quadrilha, corrupção de menores em atos políticos, dano qualificado, resistência, lesão corporal e posse de artefatos explosivos, em julho de 2019 eles tinham sido condenados em 1ª instância a penas que variavam entre 5 anos e 10 meses e 7 anos de prisão, mas puderam recorrer em liberdade. A decisão em segunda instância que absolveu o grupo ainda pode ser revisada, caso haja recurso no Superior Tribunal de Justiça.

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“Depois de longos 11 anos de processo, muitos debates e provas anuladas pelos tribunais superiores, mesmo uma decisão dura que condenou os manifestantes a altíssimas penas finalmente a Justiça foi feita. O Tribunal de Justiça absolveu todos os manifestantes da jornada de junho e contra a Copa de 2014 de todas as imputações que inicialmente a eles eram atribuídas”, disse à Agência Brasil o advogado Ítalo Pires Aguiar, um dos que atuam no caso para defender os ativistas.

O movimento que marcou a história do país começou em São Paulo, em junho de 2013, com protestos contra o aumento de R$ 0,20 na tarifa dos ônibus, e se espalhou pelo país. Durante os atos, parte dos manifestantes escondia o rosto para promover depredações e barricadas. As manifestações eram reprimidas pela Polícia Militar com bombas de gás e tiros de borracha.

Entre os absolvidos na terça (19) estão Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza, que respondiam, em um outro processo, pela morte do cinegrafista Santiago Andrade — atingido por um artefato enquanto cobria uma  manifestação. O julgamento do caso de Santiago foi em dezembro do ano passado. Fábio foi absolvido, e Caio, condenado a 12 anos de prisão por lesão corporal seguida de morte. A absolvição no outro processo não altera a condenação de Caio pela morte de Santiago. Ele recorre em liberdade.

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Um dos réus teve a punibilidade extinta após ser encontrado morto em 2023. Luiz Carlos Rendeiro Júnior, conhecido como Game Over, morreu em Nova Friburgo, na Região Serrana. O corpo foi achado pela companheira dele, Elisa Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, apontada por anos pela Justiça como uma das principais líderes do movimento.

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Confira a lista dos absolvidos nesta terça:

Elisa Quadros Pinto Sanzi
Gabriel da Silva Marinho
Karlayne Moraes da Silva Pinheiro
Eloisa Samy Santiago
Igor Mendes da Silva
Camila Aparecida Rodrigues Jordan
Igor Pereira D’Icarahy
Drean Moraes de Moura
Shirlene Feitoza da Fonseca
Leonardo Fortini Baroni
Emerson Raphael Oliveira da Fonseca
Rafael Rêgo Barros Caruso
Filipe Proença de Carvalho Moraes
Pedro Guilherme Mascarenhas Freire
Felipe Frieb de Carvalho
Pedro Brandão Maia
Bruno de Sousa Vieira Machado
André de Castro Sanchez Basseres
Joseane Maria Araújo de Freitas
Rebeca Martins de Souza
Fábio Raposo Barbosa
Caio Silva de Souza

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