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Os museus que vêm por aí

O entorno da Praça Mauá será revitalizado com grandes espaços para a arte

Por Da Redação
Atualizado em 5 jun 2017, 14h51 - Publicado em 5 set 2011, 18h47

Não foi por acaso que se escolheu a Zona Portuária para sediar a ArtRio. Trata-se de um dos

bairros da cidade que, com a proximidade da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, têm recebido mais investimentos por parte do poder público, além de ser alvo da cobiça de empresas particulares. Produzir um evento ali, atualmente, funciona quase como uma garantia de sucesso.

É uma região extensa e bonita, mas cortada por um viaduto, a Perimetral ? e muitos já pensam em demoli-lo, pois acaba apequenando o ambiente. Salpicada com grandes galpões de depósitos, alguns desativados há anos, sua principal avenida, a Rodrigues Alves, fica escura e perigosa à noite. A promessa é que, nos próximos anos, derrubada ou não a Perimetral, tudo por ali fique mais claro e mais habitado. Pela amplitude de seus espaços, o agora chamado Porto Maravilha vem revelando uma vocação para abrigar feiras e instituições voltadas às artes plásticas.

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O movimento contemporâneo, com instalações que parecem não ter limite (seja de criatividade, seja de tamanho), agradece. Ainda são apenas maquetes, meros desenhos em 3D, dois museus que ? se um dia, enfim, forem abertos ? podem mudar a rotina e a cara da Zona Portuária. O que provoca maior expectativa é o Museu do Amanhã, de estrutura futurista e pretensões de abrigar as principais exposições e os maiores eventos internacionais que tenham a ver com ecologiae meio ambiente. A luta era para levantá-lo até agosto de 2012, quando líderes do mundo inteiro estarão no Rio para a Rio+20, conferência sobre desenvolvimento sustentável. Mas os contratos foram suspensos, e é difícil que as obras acabem no ano que vem. Por sua vez, o MAR ? sigla de Museu de Arte do Rio ? se adianta e já dá os primeiros passos. Está sendo erguido nas antigas dependências da Polícia Federal, colado à Praça Mauá, e vai abrigar a coleção de artes plásticas da família do empresário decomunicação Roberto Marinho. O objetivo é que esteja visitável no primeiro trimestre de 2012.

Uma palavra com as diretoras

Amigas de longa data e sócias na ArtRio, Elisangela Valadares e Brenda Valansi Osorio falam sobre os aspectos artísticos e a produção da feira

fotos: Divulgação
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Elisangela Valadares

Como o público comum, leigo, que não está interessado em comprar, pode aproveitar a feira? Basta um primeiro contato, que a arte contamina. Não é preciso ser colecionador para gostar de quadros, de esculturas, para ir à feira. A ArtRio está preparada para receber todo tipo de público ? oferecemos até monitores para visitas guiadas.

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Que lugar as artes plásticas têm num mundo globalizado, repleto de imagens digitais? A ideia de ter um original mantém sua força, ainda faz sentido? A velocidade com que tudo está acontecendo se reflete tanto na vida das pessoas como na inspiração do artista. Hoje, as obras articulam diferentes linguagens e desafiam classificações habituais, pondo em questão o caráter das representações artísticas e a própria definição de arte.

Como distinguir ?moderno? de ?contemporâneo?? Estudos mostram que o que chamamos hoje de contemporâneo se iniciou em 1960, sobretudo com o advento da arte pop. A arte contemporânea, a meu ver, está ligada ao que acontece agora, é internacionalizada e se revela em novas mídias, usando variadas tecnologias.

Brenda Valansi Osorio

O que foi mais difícil na montagem da ArtRio? Os estandes são muito específicos e precisam ser construídos de forma que fiquem bem esteticamente e também sejam capazes de segurar as obras de arte. Por isso, pensamos em fazer num lugar menor. Mas, quando visitamos o Píer pela primeira vez, logo decidimos que ali seria o local.

Por que o Rio nunca teve uma feira assim? Essa foi a pergunta que nos fez correr para registrar a marca o mais rápido possível. A existência da ArtRio é o reflexo de uma política pública moderna que visa ao crescimento da cidade, do estado e do país. Os três níveis de governo estão alinhados, e isso foi fundamental.

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Como nasceu a parceria com a dupla Luiz Calainho e Alexandre Accioly? A ArtRio é um evento inédito, grandioso, e um bom negócio do ponto de vista comercial. Essa parceria foi a união perfeita: eu e Elisangela com a parte curatorial e artística, eles com o marketing e a captação de patrocínio. A feira em si já estava ?pronta? para acontecer, mas a entrada dos sócios impulsionou novos projetos.

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