Artistas lamentam o fechamento da livraria Malasartes, na Gávea

Os atores Alice Wegmann, Mateus Solano, Maria Padilha e Tereza Seiblitz, e a cantora Zélia Duncan lastimaram o encerramento das atividades do lugar

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 jul 2024, 20h15 - Publicado em 15 jul 2024, 14h52
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Malasartes: livraria está há 45 anos no Shopping da Gávea (./Divulgação)
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O anúncio de que a livraria Malasartes, que funciona há 45 anos na Gávea, vai fechar, no próximo dia 31, causou comoção nas redes sociais. Inaugurada em 27 de setembro de 1979 no Shopping da Gávea como a primeira livraria infantil do Brasil, a loja foi importante para gerações de pequenos leitores.

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A publicação que avisa ao público sobre o fechamento tem mais de 5 300 curtidas e quase 1500 comentários, incluindo mensagens de famosos. “Ah não!!!!!!! Fui tanto aí… Minha vó me levava todo mês pra escolher um livrinho. Era meu passeio favorito. Me veio até o cheirinho de vocês agora 🥹 Obrigada por tudo”, lamentou a atriz Alice Wegmann.

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“Livraria da vida dos meus filhos”, escreveu a atriz Tereza Seiblitz. “Puxa! Que tristeza. Aí foi uma referência de coisas maravilhosas ♥️”, disse a atriz Maria Padilha. “Poxa vida… tantas crianças…”, fez coro o ator Mateus Solano. “Puxa…valeu!”, registrou a cantora Zélia Duncan.

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A livraria tinha como sócias a psicóloga Renata Mattos de Moraes, a escritora Ana Maria Machado e a socióloga e contadora de histórias Maria Eugênia da Silveira. Depois, Renata e sua irmã, a jornalista Claudia Amorim, passaram a gerir o lugar.

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Com mesinhas e almofadas, a loja incentivava o manuseio dos livros em uma época em que isso não era comum em livrarias. O espaço recebeu lançamentos importantes, como o da edição de 1979 do livro Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque, com ilustrações de Ziraldo, que rendeu fila quilométrica para autógrafos e até engarrafamento.

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Uma figura muito marcante na Malasartes foi Yacy Mattos de Moraes, a dona Yacy, mãe de Claudia e Renata, que recebia as crianças e seus pais na loja, e morreu em 2018, aos 89 anos. Era ela que preparava o cheirinho característico do lugar.

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A mudança de hábitos durante a pandemia de Covid-19 foi um dos motivos para o fechamento da livraria. “Depois da pandemia, o comércio livreiro caiu assustadoramente, as pessoas acostumaram a pedir pela internet. Várias lojas que eram únicas aqui do shopping da Gávea não existem mais. As editoras continuam aumentando os preços dos livros. O preço de um livro infantil das editoras maiores não custa menos que 59,90”, contou Renata ao jornal O Dia.

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Durante o período de isolamento social, em 2021, aliás, a loja quase fechou. Filha de Claudia, Alice Amorim criou um perfil no Instagram para divulgar os livros, que passaram a ser vendidos on-line. Os frequentadores aderiram e ajudaram a salvar o lugar.

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No dia do anúncio do encerramento das atividades, neste sábado (13), os clientes correram para a loja para comprar. “Foi um dia de muita emoção, com vários clientes que vieram aqui criança e depois trouxeram seus filhos. Vários saíram daqui chorando, já perdi a conta do quanto chorei também”, disse Renata Mattos de Moraes ao jornal O Globo.

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