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Anitta surpreende o mundo em show na abertura da Olimpíada

A performance impecável, ao lado de Caetano Veloso e Gilberto Gil, abriu uma frente para a jovem de Honório Gurgel explorar seu talento além da fronteira do funk

Por Daniela Pessoa
10 dez 2016, 00h00
Anitta
Anitta (LÉO AVERSA/)
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O universo do funk tem uma palavra para resumir a aclamação que a cantora Anitta recebeu da multidão de 80 000 pessoas no Maracanã durante a abertura dos Jogos Olimpícos: lacre. Até então, sua participação na festa, em um pequeno show ao lado de Caetano Veloso e Gilberto Gil, havia sido duramente criticada, e duvidava-se que ela tivesse competência para uma tarefa tão ambiciosa. Pisando duro e com um sorriso estampado no rosto, ela se postou ao lado dos dois ícones da MPB e fez bonito ao cantar em terceto Isto Aqui o que É. Quem imaginava que Anitta faria feio foi surpreendido com sua presença de palco entre os veteranos. Aos 23 anos, nascida Larissa Machado, em Honório Gurgel, na Zona Norte, a cantora provou ser uma artista completa. Elogiada pela imprensa internacional, foi comparada à diva americana Beyoncé pelo jornal The New York Times. “Eu nunca tinha cantado num lugar tão grande, para tanta gente. No final da performance, só lembro de ter abraçado e beijado muito o Gil e o Caetano, que foi quem me convidou para o espetáculo. Minha gratidão é eterna”, recorda.

Apesar da consagração no Maracanã, Anitta precisou se provar novamente em desafio parecido, diante de uma grande plateia, dessa vez no Estádio Allianz Parque, em São Paulo. Há dois meses, foi convidada para uma participação no show do tenor italiano Andrea Bocelli. Além da recepção gélida dos paulistanos, chegou a receber algumas vaias. Não se abalou, prosseguiu e acabou sendo aplaudida efusivamente depois de interpretar Somewhere Over the Rainbow e Vivo por Ella. “Na hora, simplesmente ignorei as vaias. Sou muito concentrada, e adoro me provar para as pessoas. Amo funk, mas também sou outros ritmos, e acredito que meu desafio agora é quebrar essa barreira.”

Alvo de polêmicas, seja pelo estilo, seja pelo rebolado ou ainda pelo visual retocado por intervenções estéticas, Anitta diz que está mais madura ao lidar com críticas e com a exposição a seus mais de 20 milhões de fãs que a monitoram pela internet. “Procuro não ser refém do que falam sobre mim. Já me incomodei muito, mas hoje não tenho nem tempo para isso”, dispara a cantora brasileira recordista de seguidores no Instagram (16,2 milhões), à frente de estrelas como Ivete Sangalo e Claudia Leitte. Irritada ela fica apenas quando tentam atacar sua  imagem profissional. “Sou muito responsável, caxias, certinha. Prezo a pontualidade. As pessoas acham que o funk é coisa da favela, feito de qualquer jeito, mas minha equipe não é assim. Ainda farei o gênero ser respeitado”, promete. O que não falta a Anitta é disposição para exibir seu talento — nem que seja na marra.

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