Para aliviar trânsito na Avenida Brasil, prefeitura libera faixa seletiva
Início da operação do BRT Transbrasil, há duas semanas, prejudicou fluidez na via expressa; medidas entram em vigor no dia 23
A partir do dia 23 de abril, o trânsito na Avenida Brasil vai sofrer mudanças para amenizar a falta de fluidez provocada pelo início da operação do BRT Transbrasil, há duas semanas. A principal medida a ser implementada é que carros de passeio e motos vão voltar a poder usar três das quatro faixas da principal via da cidade, mas sob algumas regras. As mudanças foram anunciadas pela prefeitura do Rio nesta quinta (11).
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Nos dias úteis, carros e motos poderão circular na faixa seletiva, a segunda mais à esquerda das quatro que a via expressa tem por sentido (fora as duas laterais), das 10h às 16h e das 20h às 5h. Nos fins de semana e feriados, essa pista estará liberada o dia todo. Quem circular na seletiva, porém, deverá observar a velocidade máxima de 60 km/h no corredor e reduzir para 40 km/h nas proximidades de cada estação. A pista mais à esquerda em cada sentido continuará exclusiva para o BRT Transbrasil, e quem a invadir poderá levar multa. Táxis seguem com permissão de circular na faixa seletiva em qualquer horário, mas caminhões não podem circular nem na exclusiva, nem na seletiva. Estas duas faixas à esquerda (exclusiva e seletiva) estão pintadas de cinza claro. Já as duas faixas da direita são as comuns, em asfalto escuro, e liberadas para qualquer veículo.
Desde o dia 1º de abril, com o início da operação do BRT Transbrasil, metade das faixas estava restrita a ônibus e táxis. Com apenas duas pistas em cada sentido liberadas para o resto dos veículos. A mudança gerou longos engarrafamentos e, consequentemente, a reclamação dos motoristas. Na manhã do dia 3, por exemplo, o Rio registrou 177 km de engarrafamentos, 100 km a mais do que a média prevista para o mesmo dia e horário.
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Um estudo do Centro de Operações Rio (COR-Rio) mostra que acidentes envolvendo caminhões são os que mais impactam o trânsito na Avenida Brasil. Mesmo a porcentagem de caminhões (6%) na via ser nove vezes menor do que a de carros de passeio (54%), as ocorrências com eles acontecem seis vezes mais do que as provocadas pelos automóveis. E elas têm pico entre 6h e 8h da manhã, o que prejudica a fluidez do trânsito entre Deodoro e o Centro da cidade. Além disso, o impacto provocado pelas ocorrências dos caminhões e carretas também é maior. Um acidente com estes tipos de veículos demora mais tempo para ser solucionado (1h03 em média) do que uma ocorrência envolvendo um carro (44 minutos). Em média, caminhões e carretas aumentam o tempo de deslocamento na via em 33%.