Alertas da Defesa Civil devem ser incorporados à rotina dos cariocas
Tido como fundamental para conter os alagamentos, o projeto de canalização do Rio Acari ainda não saiu do papel

O “apitão” dos celulares dos cariocas que fez muita gente pular de susto no fim da tarde de quarta (29), levando o prefeito Eduardo Paes a postar que não se tratava de um “ataque nuclear”, deverá ser rotina de agora em diante. O alerta da Defesa Civil sobre o perigo das chuvas que costumam deixar rastro de mortes de destruição na cidade lembra também que uma série de medidas como obras diversas nas áreas mais atingidas precisam sair do papel.
+ As reações ao vídeo de Eduardo Paes sobre o novo alerta da Defesa Civil
As tragédias anunciadas de verão tendem a permanecer, enquanto ficam paradas possíveis soluções como os projetos do Rio Acari, da prefeitura, e Iguaçu, do governo do estado. Conforme o citado pelo jornal O Globo, os rios Botas, Iguaçu e Sarapuí deveriam receber as obras do Projeto Iguaçu, uma promessa dos anos 1990. Nas enchentes de 2024, o governo do estado tratou a retomada do projeto como solução, o projeto foi incluído no Novo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), mas as obras não começaram.
O investimento total previsto é de R$ 896 milhões, sendo R$ 160 milhões via União e R$ 736 milhões do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam). E o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou, por meio de nota, que está em fase de elaboração de estudos técnicos para o processo de licitação.
No Rio, o vultuoso projeto de canalização do Rio Acari é tido como fundamental para solucionar o problema de alagamentos, e também foi selecionado para o Novo PAC, com investimento previsto de R$ 350 milhões. A Fundação Rio-Águas limita-se a informar que segue cumprindo os trâmites administrativos junto ao governo federal, mas não há divulgação de prazo para início das intervenções, que incluem 3,8 quilômetro de calha do rio no bairros de Jardim América e Acari, na Zona Norte. financiados pelo governo federal.