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Em 2023, mais da metade dos ônibus do Rio ficou parada por vandalismo

Depredação em coletivos, trens, metrô e barcas custou mais de 220 milhões de reais entre janeiro de 2022 e outubro, mas maior prejuízo é dos passageiros

Por Da Redação
28 nov 2023, 13h32
Vandalismo: bancos têm assentos e encosto acolchoados roubados nos trens da Supervia (./Reprodução)
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Só em 2023, mais da metade da frota de coletivos da capital – 2.350 de um total de 3.960, segundo o Rio Ônibus – sofreu algum tipo de depredação, ficando pelo menos 24 horas parados
para. Já na SuperVia, uma composição pode permanecer na oficina por dois dias para a troca de um para-brisa vandalizado, ou até três meses, se o dano envolver cabos de alta tensão. No BRT, consertos exigem até dois dias na garagem. E a MetrôRio também já registrou interrupção momentânea na Linha 2 devido a furto de cabos. Na Região Metropolitana, despesas com o vandalismo passam de 220 milhões de reais entre janeiro de 2022 e outubro. Os dados foram reunidos pelo jornal O Globo.

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Apenas o BRT precisou de 76,6 milhões de reais para reformar 120 estações, desde a intervenção em 2021, com a implementação de mecanismos antivandalismo, como a substituição de portas de vidro por chapas de aço vazadas, segundo informações da Mobi-Rio e da Secretaria municipal de Transportes. Os bancos estão entre os itens vandalizados, com custo de 130,5 mil reais nos dez primeiros meses de 2023, em 655 ocorrências. Esse seria o motivo cogitado por passageiros, em grupos nas redes sociais, para que os novos articulados, comprados para o Transoeste e o Transbrasil, tenham vindo de fábrica sem estofado. A prefeitura, no entanto, afirma que essa foi “uma opção visando à limpeza e à higienização, além de ser ergonomicamente melhor”.

Segundo a Rio Ônibus, o vandalismo gera custos de 2 milhões por mês por mês às empresas associadas. São vidros quebrados, bancos rasgados ou arrancados, assim como peças de aparelhos de ar-condicionado, a corda da campainha e lâmpadas de LED. Na capital, as linhas mais vandalizadas são a 474 (Jacaré-Copacabana), a 476 (Méier-Leblon), a 457 (Abolição-Copacabana), a 483 (Penha-General Osório) e a 485 (Fundão-General Osório), informa o sindicato das empresas.

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Já a SuperVia cita gastos de 12 milhões de reais, de janeiro a outubro deste ano, para reparar danos causados em trens. Furtos de caixas de impedância representam 7,5 milhões de reais desse montante, enquanto 4 milhões de reais foram com cabos de alta tensão e de aterramento subtraídos. Outros 680 mil reais foram usados para reparar para-brisas, que tiveram o vidro substituído por policarbonato; difusores de ar-condicionado; e assentos e encostos retirados por criminosos. Sem contabilizar a limpeza de pichações, que somaram 2.335 casos em 2022 e este ano.

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A CCR Barcas contabiliza gastos de 396 mil reais para reparar atos de vandalismo. Os casos mais recorrentes são de danos a assentos, que são rasgados e pichados; a painéis laminados (forro do teto dos barcos); coletes; espelhos de banheiros; e catracas. No metrô, os alvos dos vândalos são elevadores, máquinas de autoatendimento, peças de hidrantes, grades de ralo, cabos, lixeiras de inox, placas de escada rolante, corrimão e refletores.

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O mais prejudicado, quando há vandalismo, não é aquele que quebra janela, arranca porta ou tira um banco. É justamente o usuário, que vai ter que esperar mais. Quando queimam ônibus, eles não serão repostos no dia seguinte. Será preciso comprar novos”, disse ao jornal o engenheiro de transportes Ronaldo Balassiano, professor aposentado da Coppe/UFRJ.

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