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Por Marcelo Copello, jornalista e especialista em vinhos
Marcelo Copello dá dicas sobre vinhos
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Vinhos brasileiros resistem ao tempo

Por Marcelo Copello  O Brasil já tem seus vinhos de guarda, fato comprovado através de degustação promovida em São Paulo.  Um dos aspectos mais fascinantes do vinho é sua relação com o tempo. A mística da velha garrafa nos fascina. Uma garrafa de vinho é, de certa forma, uma cápsula do tempo, onde preservamos um […]

Por marcelo
Atualizado em 25 fev 2017, 18h17 - Publicado em 9 fev 2015, 11h23

Por Marcelo Copello

 O Brasil já tem seus vinhos de guarda, fato comprovado através de degustação promovida em São Paulo.

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 Um dos aspectos mais fascinantes do vinho é sua relação com o tempo. A mística da velha garrafa nos fascina. Uma garrafa de vinho é, de certa forma, uma cápsula do tempo, onde preservamos um retrato de um local e de um ano. Este retrato evolui lentamente, colocando em perspectiva a qualidade daquela safra.

O Brasil já possui seus vinhos de guarda.  Fato demonstrado em prova que realizei no Bardega em São Paulo, com participação de alguns experts, como José Osvaldo Albano do Amarante e José Luiz Pagliari. juntos, perfilamos 14 caldos verdes e amarelos de 2004 a 1971, mostrando que temos, sim, condições para produzir vinhos longevos. Condições estas que são: uvas maduras e com boa qualidade, mantendo pH baixo, boa acidez natural e grande teor polifenólico.

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Vejamos os comentários da prova:

Velho do Museu Carrau Cabernet/ Merlot 2004

Granada claro, ainda com matiz rubi. Aroma limpo, fresco, delicado, austero, com notas de. especiarias, cerejas, framboesas, ervas, anis, pimenta, nota herbácea. Paladar seco, sério, taninos finos, secantes, álcool baixo, acidez presente e marcante. Ainda muito jovem, vai longe!

Dal Pizzol Cabernet Franc 2002

Granada claro. Aroma animal de bret, notas de mostarda, carne, balsâmicos. Média estrutura em boca.

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Salton Talento 2002

Granada entre claro e escuro. Ainda jovial, com muita madeira no nariz, coco, tostados, baunilha. Bom corpo, seco, com taninos ainda vivos, acidez correta, madeira aparece na boca. Com cinco/dez anos de vida pela frente.

Maximo Boschi Merlot Vindima 2000

Granada-claro. Aroma complexo, de média intensidade, com notas de frutas secas, cogumelos, especiarias, couro, balsâmicos. Paladar de médio corpo, taninos secantes, ótima acidez, ainda jovem e nervoso.

Maximo Boschi Cabernet Sauvignon Vindima 2000 

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Granada entre claro e escuro. Aroma com notas de couro, especiarias, fruta vermelhas, nota herbácea, ervas, alecrim. Paladar seco e austero, com muitos taninos, mas menos acidez que o Merlot, tem estrutura para vários anos mais de guarda.

Don Laurindo Cabernet Sauvignon 1999

Cor escura granada. Aroma complexo, com nota de doçura, anis, especiarias, bastante animal,  madeira, passas. Paladar que enche a boca, macio, ainda com equilíbrio perfeito, pronto, não deverá evoluir mais.

Miolo Reserva Brasil 500 Cabernet Sauvignon 1997

Granada escuro alaranjado. Aroma evoluído, fruta bem madura, madeira, estábulo. Paladar de médio corpo, macio, bem equilibrado, está uma delicia agora, maduro longo, pronto, ainda perfeito, mas deverá evoluir mais.

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 Dal Pizzol Cabernet Sauvignon 1996

Alaranjado claro. Aroma perfumado, limpo, elegante, com notas de couro, frutas secas, flores maceradas, ervas doces. Paladar de médio corpo, seco, com taninos resolvidos e equilibrados com acidez. Um vinho maduro perfeito!

 Dal Pizzol Merlot 1991

Granada alaranjado claro. Aroma com nota animal intensa, suor, frutas secas, couro, balsâmico, pimenta. Paladar seco, fundo amargo, já um pouco na descendente.

Aurora Millèsime Cabernet Sauvignon 1991

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Granada alaranjado claro. Aroma com bastante madeira nova, especiarias, defumados, banana, couro. Paladar de bom corpo, taninos finos e presentes, delicioso, equilibrado, ainda com fruta. Muito bem para sua idade, ainda com vida cinco/dez anos pela frente, um dos melhores da prova.

Velho do Museu Carrau Cabernet/ Merlot 1987

Alaranjado claro, delicado nos aromas, cheio de sutilezas, flores maceradas, frutas vermelhas secas, cedro, muitas especiarias e ervas. Na boca é uma delicia, com taninos e acidez resolvidos, mostrando fineza. O melhor da noite!

Velho do Museu Carrau Cabernet/ Merlot 1977

Alaranjado claro, complexo, macio, já sentindo a idade.

Velho do Museu Carrau Cabernet/ Merlot 1971

Alaranjado claro. Aroma intenso e rico, muitas especiarias, flores, compotas. Paladar delicioso, taninos e acidez vivos, longo e perfeito. Brigou com o 1987 como melhor da noite. Um show de tirar o chapéu.

Cave Geisse Brut 1998

Este espumante é um orgulho nacional. Não é à toa que está recebendo aqui, nesta publicação, a medalha de campeão, como o melhor brut da Grande Prova Vinhos do Brasil 2014, onde foi um dos grandes destaques, entre os 856 vinhos nacionais em prova. Leia matéria no fim desta edição.

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