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Bares, histórias e encantos do Rio de Janeiro
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Émile Gallé: da exposição de 22 ao Museu de Arte do Rio

Ao bater os olhos na lista de artistas participantes da exposição “Rio de imagens”, no recém-inaugurado Museu de Arte do Rio, logo me chamou atenção o nome do mestre francês Émile Gallé. Em se tratando de uma exposição sobre o Rio de Janeiro, não tinha dúvidas do que estaria a minha espera: os vasos da […]

Por rafaelsentose
Atualizado em 25 fev 2017, 19h13 - Publicado em 9 mar 2013, 10h50

Ao bater os olhos na lista de artistas participantes da exposição “Rio de imagens”, no recém-inaugurado Museu de Arte do Rio, logo me chamou atenção o nome do mestre francês Émile Gallé. Em se tratando de uma exposição sobre o Rio de Janeiro, não tinha dúvidas do que estaria a minha espera: os vasos da série Rio de Janeiro. Lindos, semelhantes aos que encantaram um menino de dez anos, na Exposição Universal de 1922. Mais conhecido como Baby Monteiro de Carvalho, o menino ficou maravilhado pelo trabalho e nunca mais esqueceria daquele instante. Três dos principais vasos em exibição no MAR são da coleção de Monteiro de Carvalho. “Ele se tornou o principal colecionador da série Rio”, conta o especialista Márcio Roiter.

Um exemplar de apenas 20 centímetros foi leiloado no fim do mês passado pelo leiloeiro Roberto Haddad numa das disputas mais concorridas da noite. Com saída estimada em R$ 28 mil, a peça alcançou R$ 70 mil. Raros, os Gallé-Rio retratam três maciços da cidade – a Pedra da Gávea, o Corcovado e o Pão de Açúcar – e guardam um mistério. Não se sabe ao certo se o mestre do Art Nouveau visitou a cidade ou se teria gravado as paisagens a partir de fotografias e cartões-postais. “As biografias oficiais de Émile Gallé não registram a viagem, mas pela coloração dos vasos dá para perceber nuances que só seriam possíveis se ele tivesse vindo ao Rio”, pondera Roiter.

Morto em 1904, Gallé pode ter produzido alguns quando ainda estava vivo. Como a fábrica de vidro em Nancy continuou ativa até meados dos anos 30, parte da produção foi feita posteriormente por ajudantes que aprenderam com o mestre a aguçada técnica de gravação que ficou conhecida como vidro cameo. Diferentemente das peças criadas por René Lalique, que usava moldes, os vasos Gallés eram soprados e gravados com ácido fluorídrico.

A vitrine de Gallé da exposição “Rio de imagens” é uma oportunidade de ver delicadas obras-primas. Assim como um dia aconteceu com o menino de dez anos, em 1922, outros cariocas também ficarão encantados.

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O Museu de Arte do Rio fica na Praça Mauá e funciona de terça a domingo, de 10h as 17h. 

Abaixo, vemos o vaso que foi leiloado em fevereiro (1), a vitrine do Museu de Arte do Rio (2) e três peças da coleção Joaquim Monteiro de Carvalho que retratam Pedra da Gávea com gaivotas (3), Pedra da Gávea com palmeiras (4) e Pão de Açúcar (5)/ Fotos de divulgação Roberto Haddad (1) e Fundação Roberto Marinho (2, 3, 4 e 5) 

Gallés Rio de Janeiro

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