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Um rio, uma capela

Barra de São João, segundo distrito de Casimiro de Abreu, passou de um simples arruado à beira da rodovia Amaral Peixoto de décadas atrás a um centro bastante populoso do litoral norte fluminense. Seguindo o caminho de Rio das Ostras e Macaé, ele cresceu muito nos últimos tempos, talvez embalado pelos royalties do petróleo. Mas […]

Por juliobarros
Atualizado em 25 fev 2017, 19h00 - Publicado em 13 ago 2013, 00h08

Barra de São João, segundo distrito de Casimiro de Abreu, passou de um simples arruado à beira da rodovia Amaral Peixoto de décadas atrás a um centro bastante populoso do litoral norte fluminense. Seguindo o caminho de Rio das Ostras e Macaé, ele cresceu muito nos últimos tempos, talvez embalado pelos royalties do petróleo.

Mas o lugar mantém seu charme, concentrado basicamente na região da foz do rio São João, onde fica a capela de São João Batista, construída sobre um outeiro à margem esquerda do rio, em 1847 a partir da velha capela do início do Século XVII.

O prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico. Numa pequena sepultura do adro descansa o poeta Casemiro de Abreu, o romântico que emprestou seu nome ao município.

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Diferentemente de seus vizinhos, Barra de São João conservou o ar pacato, com ruas arborizadas e uma orla bem cuidada.

Nos quarteirões históricos, um casario preservado lembra os tempos coloniais.

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Na orla, com seu calçadão, estão os 4 quilômetros de uma praia que se estende até Rio das Ostras.

Mas nem tudo é beleza e ar puro, no distrito. A poluição do rio São João é um problema histórico do lugar.

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Nos anos 70, o fotógrafo Armando Rosário, preocupado com a poluição do rio, botou a boca no mundo. Sua luta, numa época na qual a ecologia ainda não estava na moda, é histórica. Passadas quase quatro décadas, a coisa mudou pouco, segundo antigos moradores.

Pescadores amadores ainda lançam seus anzóis na barra, onde robalos e bagres são fisgados, graças à troca das águas do rio com o mar.

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Mas ainda há despejo de esgoto urbano sem tratamento ao longo dos 120 quilômetros do belo rio. Ele preserva a pureza na altura da Reserva Biológica Poço das Antas. Mas passado o trecho, as matas ciliares cederam lugar a plantações, facilitando a poluição por agrotóxicos.

Outro perigo para o curso d’água é representado pela vazão de afluentes poluídos, como o Canal do Medeiros, que provoca enchentes em Rio das Ostras e Casimiro de Abreu.

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A paisagem, apesar de tudo, é deslumbrante. Para qualquer lado que se olhe, há uma exuberância natural rara de se encontrar.

O mar, o rio e a serra compõem um quadro de rara beleza. O São João segue seu curso, resistindo às agressões de uma ocupação humana desordenada e desenfreada.

Areia, pedras e vegetação enfeitam as margens do São João. Um esforço maior na penalização dos poluidores do rio e mais investimento no saneamento seriam medidas muito bem-vindas.

(Fotos: Julio Cesar Cardoso de Barros)

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