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Por Analice Gigliotti, Elizabeth Carneiro e Sabrina Presman
Psiquiatria
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5 dicas para se manter saudável em tempos adversos

Algumas atitudes simples e acessíveis podem colaborar para manter a saúde mental

Por Analice Gigliotti
Atualizado em 13 out 2021, 20h18 - Publicado em 13 out 2021, 09h57

No último domingo (10) foi comemorado o Dia Mundial da Saúde Mental. O assunto, que já era importante, ganhou caráter de urgência desde a chegada da pandemia do coronavírus. Há mais de dezoito meses estamos obrigados a lidar com privações, reaprendendo a viver, literalmente, com restrições e cuidados. Como se não bastasse isso, vivemos em um país infestado de fake news e ódio político, que estimulam o caos e desafiam ainda mais nossa sanidade.

Estudos e pesquisas ganharam a mídia nos últimos meses analisando o impacto que o isolamento social e a pandemia causaram na saúde mental das pessoas, em todo o mundo. As consequências são muitas e graves, com aumento de casos de depressão e ansiedade.

Porém, inspirada pelo Dia Mundial da Saúde Mental, gostaria hoje de falar em prevenção. Há algumas atitudes simples e bastante acessíveis que podem ajudar a manter a saúde mental:

  • Cuidar do próprio corpo – Várias religiões comparam o corpo a um templo. A associação é justa porque o corpo é a fortaleza que nos dá sustentação. Preservá-lo com os devidos cuidados é um gesto de amor próprio. Hábitos saudáveis como manter uma alimentação saudável, hidratar-se, ter sono reparador e praticar exercícios físicos custam pouco ou quase nada e colaboram para combater a depressão, a ansiedade e estimulam o bom humor.

 

  • Evitar o consumo de drogas e álcool – Centenas de pesquisas, das mais sérias e conceituadas instituições, já concluíram que o tabagismo, o uso de drogas e de álcool são extremamente nocivos à saúde, não apenas física, mas também mental. Elas atuam no cérebro, comprometendo o seu funcionamento e podem aumentar o risco de transtornos de humor, transtornos de ansiedade e até mesmo de esquizofrenia. O perigo não mora apenas na quantidade consumida: uns poucos drinques já têm o poder de deixar a pessoa mais deprimida no dia seguinte. Usuária de drogas e álcool por muitas décadas, a “ovelha negra” Rita Lee, em recente entrevista declarou o “barato” de estar livre das dependências há mais de 15 anos. “Estar careta é muito louco: você fica mais atenta e não procrastina. A sensação é do aqui e agora”. A grande maioria das cidades brasileiras conta com grupos de apoio a dependentes. Procure na internet, se informe e busque ajuda.

 

  • Valorizar as relações interpessoais – A privação do convívio social em decorrência da pandemia nos mostrou o quanto é importante estarmos cercados de pessoas que nos fazem bem. Encontrar apoio e confiança em uma rede de afeto faz toda a diferença para nossa saúde mental.

 

  • Viver o presente – Gastamos muito tempo, energia e saúde com preocupações acerca do passado e do futuro. No entanto, não há nada que se possa fazer por eles – e muito menos eles por nós: geram apenas ansiedade e frustração. Se ainda havia alguma dúvida, a pandemia reforçou a certeza de que temos apenas a concretude do presente e é a ele que devemos nos ater. Uma ferramenta útil é fazer uma lista com as questões que causam preocupação e, a partir daí, organizar como e quando começar a resolvê-las. Independente da religião ou crença que se tenha, é bom lembrar da “Oração da Serenidade”: “Conceda-me a serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar as coisas que posso e a sabedoria para discernir uma da outra.”

 

  • Dedicar um tempo para você – Permitir-se o prazer das coisas simples, sem culpa ou angústia, é um dos maiores autocuidados que uma pessoa pode ter. Assista séries, veja filmes, ouça música, brinque com seu animal de estimação, cuide das plantas, alimente a prática de um hobby. Todas essas atividades trazem um grande ganho para sua saúde mental. Não ter momentos de lazer pode trazer tristeza, ansiedade ou irritabilidade.

Analice Gigliotti é Mestre em Psiquiatria pela Unifesp; professora da PUC-Rio; chefe do setor de Dependências Químicas e Comportamentais da Santa Casa do Rio de Janeiro e diretora do Espaço Clif de Psiquiatria e Dependência Química.

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