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Por Luciana Brafman, jornalista e professora da PUC-Rio
Economia, finanças pessoais e comportamento financeiro até pra quem não gosta
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Economia de Corrida

Volta das provas presenciais de rua, como a Maratona de NY e a Maratona do Rio, estimula um mercado que movimenta bilhões no mundo todo

Por Luciana Brafman
8 nov 2021, 12h22

No jargão esportivo, a Economia de Corrida é um conceito que mede a relação entre consumo de oxigênio e velocidade da corrida. Ou seja, a Economia de Corrida de um atleta melhora se este consumir menos oxigênio dada uma mesma velocidade. No jargão de mercado, estamos falando mesmo é de negócios, vendas, patrocínios, empregos, turismo, eventos e por aí vai.

Por quase dois anos, a pandemia de Covid-19 freou um mercado enorme de corridas de rua, que agora, aos poucos, estão sendo retomadas em diversas cidades do planeta, informalmente ou nos grandes eventos, como as maratonas. A mais famosa do mundo, a de Nova York, aconteceu neste último domingo, dia 7 de novembro, em sua 50ª edição. Foram 33 mil participantes, e a direção da prova adotou os devidos protocolos sanitários do “atual normal”. Esse mar de gente, além de correr feliz, produzindo endorfina e recordes, é parte de um mercado gigante, que vai desde (caras) inscrições e premiações, passa por (igualmente caros) equipamentos, acessórios, relógios, aplicativos, e envolve até gastos com assessorias esportivas, nutricionistas, fisioterapeutas, ortopedistas, suplementos alimentares e afins.

Antes da pandemia, segundo o amplo estudo “The State of Running 2019”, feito pelo site RunRepeat.com em conjunto com a IAAF (antiga Associação Internacional de Federações de Atletismo, que hoje se chama World Athletics), havia 7,9 milhões de participantes regulares de corridas mundo afora. Aos olhos das marcas são corredores-consumidores, mapeados no estudo em função de gênero, idade, desempenho, distância da corrida, país de origem, clima, motivos para correr e tendências da atividade para os próximos anos. De acordo com o Market Research Future, apenas o mercado global de dispositivos tecnológicos (gear market) de corridas deve atingir US$ 22,5 bilhões em 2023.

No Brasil, faltam números consolidados para quantificar o mercado que, aparentemente, se avoluma ano após ano. A boa notícia por aqui também é a volta das corridas presenciais, entre as quais, a tradicional São Silvestre, em São Paulo, onde são percorridos 15k às vésperas do ano novo. Em sua última edição, o limite foi de 35 mil vagas. Este ano, o valor das inscrições vai de R$ 210 a R$ 800 (premium).

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No Rio de Janeiro, os grandes eventos da modalidade acontecem já já, nos dias 14 e 15 de novembro, respectivamente a Meia Maratona e a Maratona do Rio 2021. No dia 15, ocorrem também as provas de 5k e 10k. Os patrocinadores são empresas de peso dos mais variados setores, em busca de visibilidade, valorização de marca e vendas. O valor das inscrições variava de acordo com a distância e os lotes disponibilizados, mas alguns kits superaram R$ 800. Nada mal. Uma grana de tirar o fôlego, tal qual as distâncias e a beleza do percurso, que envolve a orla mais linda do mundo e o Aterro do Flamengo.

Assim como ocorreu com a maioria dos segmentos econômicos, os negócios nas pistas de corridas também sofreram um revés na pandemia. Agora, com a devida cautela e algumas adaptações, o momento das corridas de rua parece ser o de correr atrás do prejuízo, como um atleta corre em direção ao bem estar e ao prazer. Que este momento seja um prenúncio de novos tempos, e que vençam não só os melhores e mais rápidos, mas todos os participantes, honrando na linha de chegada o valioso oxigênio utilizado em prol da saúde.

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