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Reflexões sobre as atmosferas dos protestos e da Copa das Confederações

Pensando alto: Desde a adolescência nenhum programa me faz mais feliz que ir a um jogo de futebol. Nos últimos vinte e poucos anos fui a centenas de jogos para torcer pelo Flamengo, não só no Maracanã, mas em diversos estádios no subúrbio e no interior do Rio, no Paraná, em São Paulo, Minas Gerais, […]

Por Bruno Salles
Atualizado em 25 fev 2017, 19h04 - Publicado em 26 jun 2013, 03h59

Pensando alto:

Desde a adolescência nenhum programa me faz mais feliz que ir a um jogo de futebol. Nos últimos vinte e poucos anos fui a centenas de jogos para torcer pelo Flamengo, não só no Maracanã, mas em diversos estádios no subúrbio e no interior do Rio, no Paraná, em São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco. E fui a dezenas de jogos diversos mundo afora pelo simples prazer de ver outras pessoas torcendo por seus times. Campeonatos Argentino, Espanhol, Italiano, Copa da UEFA, Segunda Divisão Inglesa, Campeonatos Potiguar, Sergipano, entre outros.

A proximidade da Copa do Mundo no meu país, com o principal estádio na minha cidade, deveria ser uma festa para pessoas como eu.

Que nada!

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O “meu” Maracanã foi interditado, demolido e reconstruído ao custo de mais de um bilhão de reais. Ficou pronto, mas só está disponível, até agora, para jogos da CBF e da FIFA. Com cartilha de comportamento! Não pode palavrão, não pode batucada, não pode ficar em pé, não pode bandeira de mais de metro e meio, em resumo, não se pode torcer. Ninguém sabe se, quando e como clubes de futebol poderão voltar a usar o Maracanã, por mais inacreditável que seja um edifício público não ter perspectivas de utilização para seu fim específico.

O Engenhão, que deveria ser o “Maracanã-reserva”, está interditado, após apenas seis anos de uso, com perspectivas de assim permanecer por, no mínimo, mais um ano e meio.

Enquanto o Flamengo tem jogado “por aí”, no estilo “bye bye Brasil”, fui a jogos entre seleções no Maracanã e no Mané Garrincha, em Brasília, onde encontrei uma atmosfera mais para Rock in Rio (não confundir Rock in Rio com show de rock!) do que para jogo de futebol. Recentemente a única chance que tive de curtir uma atmosfera de jogo de futebol foi na decisão do Brasileiro de basquete!

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E o que tudo isso tem a ver com os protestos?

Talvez nada, mas não deixa de ser curioso que os protestos, que tem, entre suas diversas motivações, a indignação com a gastança de dinheiro público para os eventos-FIFA, sejam embalados por músicas de arquibancada e estejam repletos de bandeiras de todos os tamanhos.

Claro que um protesto não é uma festa. O ponto aqui é só uma curiosa constatação da ironia de que um evento que tenta tirar manifestações populares dos estádios de futebol seja alvo de manifestações populares que tem um quê de atmosfera de estádio, pelas músicas e pelas bandeiras. Ah, e isso aqui não tem nada a ver com propaganda de carro.

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