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Por Gilberto Ururahy, médico
Especialista em medicina preventiva
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Sete verdades sobre o oxímetro

O aparelho passou a ser usado como pequeno apoio para diagnóstico da Covid-19

Por Gilberto Ururahy
Atualizado em 21 Maio 2020, 10h45 - Publicado em 11 Maio 2020, 13h07

Desconhecido do grande público até bem pouco tempo, o oxímetro ganhou destaque neste momento de pandemia. O aparelho, criado no Japão nos anos 70, nada mais é que um indicador da taxa de oxigênio no sangue. Ele também passou a fazer sucesso entre os leigos porque é fácil de se utilizar, como um pregador que se prende na ponta do dedo.

Listo algumas informações úteis sobre o oxímetro e seu funcionamento:

1) Uma vez instalado no pulmão, o coronavírus destrói o alvéolo pulmonar, que para de captar o oxigênio e enviá-lo ao sangue. Por conta do comprometimento do pulmão, o indivíduo apresenta diminuição da oxigenação.

2) Pessoas saudáveis tem o nível de saturação em torno de 96%. Quanto mais idoso o indivíduo, menor a saturação. Na terceira idade, até 90% é considerado normal. Já entre os jovens, é um número considerado baixo e preocupante.

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3) O oxímetro é um aparelho bastante sensível. Uma queda ao chão é o suficiente para comprometer a precisão do seu funcionamento. A queda de pressão arterial, mãos frias e esmalte nas unhas também podem ser obstáculos à leitura exata do aparelho.

4) O dedo frequentemente utilizado para a medição do oxímetro é o anular, mas não há nenhum impedimento para que a verificação seja no indicador.

5) Oxímetros variam significativamente de preço. Na internet é possível encontrá-los de 100 a 700 reais. Diante da grande procura, houve um aumento nos preços. O valor não necessariamente significa que um aparelho é melhor que o outro. Cuidado com aproveitadores de ocasião.

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6) Sinais clínicos – febre, tosse, falta de ar – ainda são a melhor forma de se diagnosticar a Covid-19. A taxa de oxigênio no sangue não é o primeiro sintoma da Covid-19. A medição da taxa de oxigênio no sangue pode servir apenas como mais um indicativo de que o indivíduo está doente. O oxímetro pode ser um bom aliado, mas não é inquestionável.

7) Não há nenhuma contraindicação ao uso do oxímetro. O mais correto é fazer seu uso sob supervisão ou aconselhamento de um médico. Ele, melhor que ninguém, saberá interpretar as informações do oxímetro e cruzá-las com dados prévios do quadro do paciente, como as comorbidades: diabetes, doenças pulmonares e cardíacas.

Gilberto Ururahy é médico há 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, criou a Med Rio Check Up, líder brasileira em check up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França e autor de três livros: “Como se tornar um bom estressado” (Editora Salamandra), “O cérebro emocional” (Editora Rocco) e “Emoções e saúde” (Editora Rocco).

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