Obesidade e Reprodução
A prevalência da obesidade no mundo vem aumentando nos últimos anos, levando a riscos de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia e apneia durante o sono. Obesidade é uma doença causada pelo excesso de gordura no corpo. Mulheres com excesso de peso e de gordura abdominal tem o risco aumentado de anormalidades menstruais, e como […]
A prevalência da obesidade no mundo vem aumentando nos últimos anos, levando a riscos de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia e apneia durante o sono. Obesidade é uma doença causada pelo excesso de gordura no corpo. Mulheres com excesso de peso e de gordura abdominal tem o risco aumentado de anormalidades menstruais, e como consequência a diminuição de sua fertilidade e da chance de concepção no prazo de 1 ano, quando comparadas a mulheres de peso normal.
Em mulheres com índice de massa corporal maior que 27 KG/ m2, ou seja, um índice alto, frequentemente estão associadas a infertilidade por anovulação. Essas pacientes quando levadas a tratamento de fertilização in vitro necessitam de altas doses de FSH, mais dias de estímulo ovariano, apresentam poucos folículos maduros, alterações da morfologia ovocitária, assim como redução da fertilização dos óvulos, da implantação embrionária, consequentemente das taxas de gravidez clínica, quando comparadas a pacientes de peso normal.
Outros fatores associados às mulheres obesas que se submetem ao tratamento de infertilidade é a alteração endometrial e o aumento das taxas de aborto. Na gravidez, a obesidade materna está ligada a complicações perinatal como diabetes, hipertensão, eclampsia, prematuridade e natimorto. Estas alterações fetais estão associadas à disfunção metabólica materna, levando a uma propensão do risco de obesidade para criança na vida futura.
As alterações causadas pela obesidade na fertilidade masculina estão associadas à redução da qualidade seminal, dificuldade de ereção, apneia durante o sono e aumento da temperatura da bolsa escrotal, assim como a diminuição da concentração e motilidade de espermatozóides, classificados como oligozoospermia e astenozoospermia respectivamente.
A conduta indicada para estes pacientes é a perda de peso, através da modificação dos hábitos e estilo de vida e em alguns casos necessários a cirurgia bariátrica.
Dr. Isaac Yadid
Membro da sociedade brasileira de reprodução assistida (SBRA). Membro da sociedade americana de medicina reprodutiva ((ASRM). Membro da sociedade brasileira de reprodução humana (SBRH). Membro da sociedade européia de reprodução humana e embriologia (ESHRE.