Novos fatos surpreendentes sobre a obesidade
Até agora você provavelmente já ouviu falar que a obesidade aumenta o risco de doenças cardíacas e diabetes, mas você pode não saber que o peso extra também pode ter outras consequências graves de saúde, incluindo o câncer. Leia mais para aprender alguns dos efeitos surpreendentes da obesidade: Câncer Um novo estudo revelou que 10 % de todos […]
Até agora você provavelmente já ouviu falar que a obesidade aumenta o risco de doenças cardíacas e diabetes, mas você pode não saber que o peso extra também pode ter outras consequências graves de saúde, incluindo o câncer.
Leia mais para aprender alguns dos efeitos surpreendentes da obesidade:
Câncer
Um novo estudo revelou que 10 % de todos os canceres de cólon, vesícula, rim e fígado podem ser atribuídos ao excesso de peso.
Recentemente a revista The Lancet também publicou um dado alarmante de outro estudo, que demonstrou que o câncer de útero esteve relacionado à obesidade em 41% dos casos.
O Instituto Nacional do Câncer americano estima que a obesidade contribui para cerca de 34 mil novos casos de câncer em homens e 50.000 em mulheres a cada ano. De acordo com o instituto se todos os adultos reduzirem seu IMC em 1 %, cerca de 100.000 novos casos de câncer poderiam ser evitados.
Enxaqueca
Um estudo publicado na revista Neurology revelou como o excesso de peso pode estar relacionado a dor cabeça. Os pesquisadores da universidade americana Johns Hopkins avaliaram cerca de 4000 pessoas e concluíram que quanto maior o índice de massa corporal (IMC), maiores eram as chances dos pacientes apresentarem enxaqueca. Pacientes obesos foram 81% mais propensos a apresentar pelo menos 14 episódios de enxaquecas a cada mês, em comparação as pessoas que estavam com um peso saudável. As mulheres obesas com idade superior a 50 anos foram as que mais sofreram dores de cabeça crônicas.
Infertilidade
A obesidade é um estado inflamatório e que por si só pode diminuir a fertilidade.
As mulheres com sobrepeso têm mais dificuldade para engravidar.
Um estudo indiano com 300 mulheres com obesidade mórbida constatou que mais de 90 % delas desenvolveram a síndrome dos ovários policísticos, uma condição associada à infertilidade, durante um período de três anos.
Dr. Marc Bessler, diretor do Centro para perda de peso e de Cirurgia Metabólica do New York Presbyterian Hospital na Columbia University Medical Center, relata que muitas de suas pacientes mais pesadas possuem dificuldade para engravidar e muitas clínicas de infertilidade não aceitam pacientes do sexo feminino com índices de massa corporal (IMC) elevado, dadas suas chances diminuídas de conceber. No entanto, Bessler também afirma, que algumas de suas pacientes engravidaram apenas alguns meses após a perda de peso.
Nascimento prematuro
Para as mulheres acima do peso que engravidam as preocupações não acabam por ai.
Um estudo no Journal of the American Medical Association constatou que a obesidade aumenta a chance de uma mulher ter um bebê prematuro, especialmente quando o seu índice de massa corporal (IMC) é maior ou igual a 35.
Os autores do estudo especulam que o excesso de gordura pode inflamar e enfraquecer o útero e as membranas do colo do útero. Seja qual for a razão, os efeitos podem ser devastadores.
O nascimento prematuro é um das principais causa de mortalidade infantil e deficiências na infância a longo prazo.
Distúrbios do Sono
Sono e excesso de peso não são bons companheiros.
Cerca de 80 % dos americanos obesos e idosos relatam ter problemas com o sono de acordo com uma pesquisa da Fundação Americana de Sono.
Um sono de má qualidade contribui para uma série de doenças, incluindo diabetes, doenças do coração e, ironicamente, a própria obesidade.
Numerosos estudos relacionam o sono curto com o aumento da cintura abdominal, incluindo o the Harvard Nurses Study, que descobriu que pacientes que cochilaram menos de cinco horas por noite tinham uma probabilidade 15 % maior de ganhar peso do que aqueles que tiveram pelo menos sete horas de sono.
A apnéia do sono, definida como uma condição clínica caracterizada por episódios repetitivos de obstrução das vias aéreas superiores durante o sono, esta diretamente relacionada a obesidade. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 33% da população brasileira sofre de apnéia do sono, que, por sua vez, leva a um risco elevado de morte súbita por causas cardíacas.
Bullying
A obesidade não é brincadeira e sim um assunto sério que deve ser tratado como uma doença.
Um estudo da universidade de Yale descobriu que o excesso de peso é a principal razão de bullying em qualquer idade. Além disso, os pacientes que sofrem este tipo de agressão apresentam níveis mais elevados de depressão, apresentam baixa auto estima e maior risco de suicídio.
A principal fonte de bullying, de acordo com os pesquisadores de Yale são os entes queridos.
“Mais de 40 % das crianças que procuram tratamento para perda de peso dizem terem sido intimidadas por um membro da família”, disse a principal autora deste estudo, Rebecca Puhl.
Dificuldade em encontrar médicos
Em alguns de seus estudos, a pesquisadora Rebeca Puhl demonstrou que 67 % dos homens e mulheres com excesso de peso relatam sentirem-se envergonhados ou intimidados em um consultório médico. Alem disso, 50% dos médicos consideraram que os pacientes não apresentavam força de vontade e não conseguiam cumprir seus tratamentos.
Para a pesquisadora, geralmente o paciente obeso é mais propensos a evitar o médico, mesmo quando eles têm um problema. Seus estudos também revelam que os pacientes obesos são menos propensos a seguir as ordens dos médicos e mais propensos a mudar para um novo profissional, caso o seu médico esteja acima do peso
A recepção negativa de um profissional de saúde é especialmente prejudicial para pessoas obesas, porque elas já precisam lidar com um número maior de problemas de saúde que a média