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Por Fabiano M. Serfaty, clínico-geral e endocrinologista, MD, MSc e PhD.
Saúde, Prevenção, Tratamento, Qualidade de vida, Bem-estar, Tecnologia, Inovação médica e inteligência artificial com base em evidências científicas.
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Coronavírus: o melhor tratamento é a prevenção

No Dia Nacional da Saúde, será que estamos conscientes do que precisamos modificar em nossos hábitos e estilo de vida?

Por Michelle Rabello da Cunha*
Atualizado em 5 ago 2020, 15h58 - Publicado em 5 ago 2020, 15h15

Hoje, no Dia Nacional da Saúde, será que podemos dizer que, em meio à pandemia do novo coronavírus, estamos mais conscientes do que precisamos modificar em nossos hábitos e estilo de vida?

• Você sabe o que é a insegurança alimentar?

É disponibilidade limitada ao acesso a alimentos e bebidas nutricionalmente adequados e seguros para população.

• De acordo com o Ministério da Saúde, em abril deste ano, mais da metade das pessoas obesas que morreram devido à COVID-19 tinham menos de 60 anos (1).

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• Segundo estudo da EMBRAPA e da FGV a família brasileira joga fora quase 130 kg de comida por ano, uma média de 41,6 kg por pessoa. (2)

• De acordo com a FAO, um terço de toda a comida produzida mundialmente nunca é consumida, sendo descartados 45% de frutas e vegetais, 35% de peixes e frutos do mar, 30% de cereais, e 20% de laticínios e de carnes (3).

• Apesar da nossa capacidade de produzir “comida saudável”, um levantamento do Ministério da saúde de 2018 afirmou que 1 em cada 5 brasileiros estão obesos, e que mais da metade da população das capitais brasileiras (54%) está com excesso de peso (4).

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Mapa: retrato “alimentar” do Brasil (Arquivo pessoal/Reprodução)

• Estes dados nos alertam diante de uma doença que tem se demonstrado mais agressiva nas situações de comprometimento metabólico e doenças, como obesidade, diabetes, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.

• Diferentemente da COVID-19, as estatísticas dessas doenças crônicas cresceram de forma gradual o suficiente para que não houvesse uma reação de alerta como a que ocorre em vigência da pandemia.

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• Um histórico de má alimentação e a inflamação decorrente do aumento da gordura corporal podem ter forte associação com o maior risco de complicação pelo novo coronavírus.

• A pandemia alertou o quanto a má alimentação pode aumentar a vulnerabilidade ao vírus. O baixo consumo de alimentos de qualidade pode explicar, em parte, o incrível aumento de 67% da obesidade no país entre os anos de 2006 e 2018 (6).

Consumo de alimentos (Arquivo pessoal/Reprodução)

• Claramente, o acesso a alimentos nutricionalmente saudáveis é fundamental para a saúde metabólica e o sistema imunológico. Quando essa pandemia cessar será necessária mais atenção à alimentação, inclusive com o objetivo de minimizar futuros problemas médicos, econômicos e sociais.

No Dia Nacional da Saúde, reitero aqui a importância da nutrição para a saúde de todos, através da alimentação saudável, do consumo consciente e do aproveitamento integral alimentos.

Referências:
1- EMBRAPA; FGV. Intercâmbio Brasil–União Europeia sobre desperdício de alimentos, disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/37863018/pesquisa-revela-que-familia-brasileira-desperdica-128-quilos-de-comida-por-ano

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2- Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2018: Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquerito telefônico [Internet]. Ministério da Saúde. 2019.disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/julho/25/vigitel-brasil-2018.pdf

3- Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. Disponível em: https://nacoesunidas.org/fao-30-de-toda-a-comida-produzida-no-mundo-vai-parar-no-lixo/ e https://www.fao.org/brasil/pt/

4- Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim epidemiológico especial 14 COE-COVID-19. 2020. Disponível em: https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/27/2020-04-27-18-05h-BEE14-Boletim-do-COE.pdf

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5- Pan American Health Organization. Ultra-processed food and drink products in Latin America: Trends, impact on obesity, policy implications. Washington, DC : PAHO, 2015. Disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/7699/9789275118641_eng.pdf?sequence=5&isAllowed=y&ua=1&ua=1

6- Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Diretrizes brasileiras de obesidade. VI Diretrizes Brasileiras de Obesidade. 2016.

Michelle: nutricionista e docente (Arquivo pessoal/Reprodução)

Michelle Rabello da Cunha*
CRN: 13101196
Nutricionista graduada pela UERJ
Especialização em Suporte Nutricional – HUPE/UERJ e em Nutrição Clínica Biofuncional, Ortomolecular e Fitoterapia
Mestre e Doutoranda em Ciência Médicas – UERJ
Pesquisadora e Nutricionista da Clínica de Hipertensão Arterial e Doenças Metabólicas Associadas (CHAMA) – UERJ
Docente UNESA
Instagram: @michellerc.nutri

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