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Por Fabiano M. Serfaty, clínico-geral e endocrinologista, MD, MSc e PhD.
Saúde, Prevenção, Tratamento, Qualidade de vida, Bem-estar, Tecnologia, Inovação médica e inteligência artificial com base em evidências científicas.
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Como usar a pressa a seu favor

Priorize o que lhe é mais importante. Desenvolva sua habilidade de percepção; de se perceber e perceber o mundo à sua volta

Por Sabrina Nigri
Atualizado em 9 jul 2018, 14h52 - Publicado em 9 jul 2018, 14h51

Todos os dias nos deparamos com uma rotina. Às vezes mais estável, outras menos, mas que envolve determinados afazeres que sempre se mantém. O acordar, o café da manhã, a ida ao trabalho, a labuta em si… Nossa rotina ocorre ao longo das vinte e quatro horas que dispomos. Nenhum minuto a mais, nem a menos. No entanto, esse tempo cronológico, tão arrumadinho e constante não nos é vivenciado sempre da mesma forma. Quantas vezes ao ver um filme fantástico, você se surpreendeu com que horas eram após seu término? E naquela reunião com os amigos queridos, numa noite que passou ‘voando’? Ou ainda, no tão desejado e cobiçado encontro amoroso, que parecera levar anos para acontecer e foi tão breve? Isso porque você está diante do tempo psicológico. Aquele que despreza o relógio e formula o tempo dentro de suas próprias perspectivas e convicções. Esse é coerente, apenas, com nosso desejo.

A pressa também é vivenciada de modo subjetivo. Quando estamos com fome, temos pressa em comer. Caso estivermos apaixonados, temos pressa em ver a pessoa amada. Se estivermos descontentes com nosso emprego, nossas responsabilidades no trabalho podem esperar… Será que podem? Será que estamos estabelecendo a pressa nos momentos corretos? Segundo pesquisa publicada no jornal internacional de medicina da Universidade de Oxford, QJM, tanto os adultos, quanto as crianças, que estiveram à beira da morte (near-death experience) revisaram toda a sua vida, desde a mais tenra idade. Como consequência positiva, houve grande transformação no campo psicológico. Após sofrer o impacto da experiência de se estar fisicamente perto da morte, as pessoas frequentemente reportaram um aumento no senso de altruísmo, amor, empatia e responsabilidade pelos outros, além de um crescimento da fé e do interesse pelo sentido da vida. A experiência da ‘quase morte’ nos mobiliza internamente de tal modo que reformula nossas prioridades. A pressa aqui, surge como uma demanda psíquica; uma avidez por se vivenciar todas as oportunidades possíveis.

Priorize o que lhe é mais importante. Desenvolva sua habilidade de percepção; de se perceber e perceber o mundo à sua volta, para que tenha clareza ao escolher o melhor caminho para si. Comece reafirmando seus objetivos de vida. Lembre-se que até mesmo os seus afazeres mais cotidianos são frutos de suas escolhas; as quais podem ser mudadas a qualquer momento. É claro que tudo tem consequências, e essas devem ser levadas em consideração. Aproveite e se organize melhor. Isso será de extrema utilidade quanto às suas tarefas diárias. Providencie lanches escolares, roupas que vestirá… De véspera.  Já deixe arrumados os documentos, cartões, dinheiro e chaves dos quais precisará dispor… Torne sua vida mais fácil! Não precisa ser uma correria todas as manhãs… Ou acorde mais cedo e cuide de tudo, se essa for a melhor opção para você. Dessa forma, você consegue sair um pouco antes de casa e terá tempo para imprevistos, evitando o estresse e a pressa.

Tenha em mente que precisa ser coerente. Trabalhe dentro de suas possibilidades reais. Entenda suas necessidades e trace um plano de execução que respeite suas limitações e os percalços externos. Você sabe que ninguém é capaz de ir ao banco, almoçar e comprar um presente em dez minutos… A pressa nos leva a lugares onde nem sempre queremos ir… E sabe por quê? Por que perdemos o foco. Quando se acelera um caminho, perde-se a atenção aos detalhes, às placas, às dicas que a ‘estrada’ nos dá. Se precisa haver uma pressa, que ela seja nossa aliada! Fique com pressa de ter uma vida saudável, de ter encontros calorosos, de curtir seus filhos, de ser feliz!

Referência:

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Understanding the cognitive experience of death and the near-death experience. S. Parnia. QJM: An International Journal of Medicine, Volume 110, Issue 2, 1 February 2017, Pages 67–69, [published online November 01, 2016]. doi.org/10.1093/qjmed/hcw18

(Arquivo pessoal/Divulgação)
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