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Por Fabiano M. Serfaty, clínico-geral e endocrinologista, MD, MSc e PhD.
Saúde, Prevenção, Tratamento, Qualidade de vida, Bem-estar, Tecnologia, Inovação médica e inteligência artificial com base em evidências científicas.
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Como e quais exames para diagnosticar a Hipertensão Arterial?

A hipertensão arterial é hoje considerada o principal fator responsável pelo maior impacto da doença cardiovascular no “ranking” das doenças não transmissíveis mundo afora. Em apenas 20 anos, esta condição subiu da quarta para a primeira posição na escala de impacto global, provavelmente devido ao envelhecimento da população, à maior prevalência de sobrepeso e obesidade […]

Por fernanda
Atualizado em 25 fev 2017, 18h01 - Publicado em 29 jun 2015, 16h20

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A hipertensão arterial é hoje considerada o principal fator responsável pelo maior impacto da doença cardiovascular no “ranking” das doenças não transmissíveis mundo afora. Em apenas 20 anos, esta condição subiu da quarta para a primeira posição na escala de impacto global, provavelmente devido ao envelhecimento da população, à maior prevalência de sobrepeso e obesidade e, consequentemente, maior prevalência da doença. No Brasil, aproximadamente 20% da população é considerada hipertensa, com maior número de casos concentrados em áreas urbanas.

Não obstante a proporção de pessoas que sabem ser portadoras de hipertensão tenha aumentado expressivamente (Globalmente estima-se hoje que 87% dos hipertensos têm ciência deste diagnostico) o percentual de indivíduos com a pressão arterial controlada é ainda preocupantemente baixo, oscilando em torno de 32% dos casos!1

Frequentemente acredita-se, de forma errônea, que a pressão arterial está normal porque não há sintomas ou, inversamente, infere-se a existência de pressão alta porque a cabeça dói ou o coração dispara. Nada disso encontra respaldo na realidade. A única forma de diagnosticar hipertensão arterial, ou seja, valores aferidos em consultório iguais ou superiores a 140/90 mmHg é medindo-a com esfigmomanômetro. E da forma correta, saliente-se.

Mesmo com toda a técnica adequada para aferição dos níveis pressóricos, uma parcela de indivíduos normais acaba sendo rotulada como hipertensa, devido ao já bem conhecido fenômeno do “jaleco branco”, a elevação tensional que ocorre diante do médico ou outro profissional de saúde. Nesta situação, impõe-se o recurso à MAPA de 24 horas (monitorização ambulatorial da pressão arterial) ou mesmo à MRPA (Monitorização residencial da pressão arterial) esta última uma técnica semiautomática definida por protocolo, ao abrigo de imprecisões geradas por imperícia na aferição subjetiva. A MAPA tem a vantagem de permitir o registro das variações da pressão durante o sono e a vigília, de modo a identificar aqueles cuja pressão não baixa adequadamente durante o sono, conforme seria desejável. A ausência de queda ou o aumento da pressão durante o sono identifica um grupo de hipertensos de maior risco para sofrer agressões aos vasos sanguíneos e suas consequências, como acidente vascular cerebral ou infarto do miocárdio.

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A hipertensão arterial requer controle adequado através de medicamentos durante toda a vida. A boa notícia é que uma parcela muito pequena, cerca de apenas 8% dos casos, não responde adequadamente à combinação de 3 ou mais medicamentos nas doses adequadas. Esta informação parece contradizer o comentário inicial, atribuindo à hipertensão uma taxa global de controle muito reduzida. Entretanto, outros fatores explicam este fenômeno, como – à guisa de exemplo – a má aderência à medicação, o desconhecimento dos riscos da doença ou mesmo pouco interesse de profissionais envolvidos na atenção à saúde, nem sempre disponíveis para ouvir e explicar.

 

 

 

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SÉRGIO EMANUEL KAISER
Mestre em Cardiologia
Doutor em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Professor Adjunto de Medicina Interna da UERJ
Fellow da International Academy of Cardiovascular Sciences
Fellow do American College of Cardiology

Referência:

Rahimi K et al. The Epidemiology of Blood Pressure and Its Worldwide Management. Circulation Research 2015; 16:925-936

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