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Por Fabiano M. Serfaty, clínico-geral e endocrinologista, MD, MSc e PhD.
Saúde, Prevenção, Tratamento, Qualidade de vida, Bem-estar, Tecnologia, Inovação médica e inteligência artificial com base em evidências científicas.
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Acidentes com Águas-Vivas

Comuns nas praias lotadas do verão, confira os cuidados necessários em casos de contato com animal

Por Dr Fabrício Lamy
20 dez 2017, 17h21

Os acidentes com animais marinhos são freqüentes num país com um litoral tão extenso como o nosso, mas nesta época do ano, início de Verão, essa incidência costuma aumentar bastante, especialmente os contatos com as águas-vivas, que costumam passar dos milhares de casos em um único fim de semana de verão.

A água-viva é um animal marinho que existe há mais de 650 milhões de anos e existem milhares de espécies diferentes. A maioria é transparente e tem o formato de um sino, a boca fica no centro do corpo, na parte de baixo, entre os tentáculos, e tem o corpo composto por cerca de 98% de água, se ela encalhar na praia, praticamente irá desaparecer à medida que a água evaporar.

Variam bastante de tamanho, existem algumas de menos de 2 centímetros e outras com mais de 2 metros de diâmetro, com tentáculos de até 40 metros de comprimento. Na grande maioria a locomoção depende apenas das correntes pois não têm forças para ir contra a correnteza, mas algumas água-vivas conseguem nadar lançando um jato de água, e essas podem nadar conta a corrente. São parentes das águas-vivas, os corais, as anêmonas do mar e a caravela portuguesa.

Em caso de contato direto com a pele os primeiros sintomas a surgir serão vermelhidão, ardência e dor intensa no local afetado, que podem durar de 30 minutos a 24 horas.

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O veneno tem ação tóxica na pele humana, podendo ocorrer inflamação extensa e até necrose.

Em casos mais extensos e graves, pode chegar a provocar arritmias cardíacas, alterações no tônus vascular e insuficiência respiratória por congestão pulmonar. Há também relatos de dores de cabeça, náuseas, vômitos, febre e espasmos musculares. Em geral, a gravidade depende da extensão da área atingida.

O óbito, apesar de raro, pode ocorrer devido ao envenenamento (insuficiência respiratória e choque) ou por anafilaxia (reação alérgica grave).

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É importante que, assim que percebido o contato, a pessoa saia logo da água. 

Dependendo do grau da queimadura, a dor pode ser muito forte e a pessoa sentir até uma dificuldade na respiração. Então é importante sair logo da água e lavar a região, tendo-se também o cuidado com o que será usado na pele, para não agravar o quadro. Não se deve jamais friccionar com toalhas ou com a areia da praia pois isso pode irritar ainda mais a pele e favorecer a penetração do veneno. 

O ideal é lavar com água salgada, a do mar, e de preferência gelada. A tendência das pessoas é tentar lavar com água doce, mas as águas-vivas têm pequenas espículas que vão liberar o veneno justamente com esse contato, por uma diferença de osmolaridade. As compressas com água doce e morna só são recomendadas para queimaduras por determinados peixes venenosos ou com ferrões.

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Ao contrário do pregado em ditados populares, também não se deve urinar na região afetada ou usar qualquer outro tipo de produto, como bebidas alcóolicas e refrigerantes, pois corre-se o risco de se gerar ainda mais inflamação e a pessoa vai acabar perdendo tempo em vez de seguir logo os procedimentos corretos.

Para os casos mais extensos pode ser necessária uma melhor avaliação do envenenamento, sendo indicado um auxílio médico, pois poderá haver indicação de receber medicamentos, como corticoides e analgésicos.

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Dr Fabrício Lamy

Médico Dermatologista  Sócio Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia ( SBD )   

Professor de Pós Graduação em Dermatologia do Instituto de Pós Graduação Médica Carlos Chagas – IPGMCG

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Coordenador do Ambulatório Geral do Serviço de Dermatologia da Policlínica Geral do RJ – PGRJ

Médico responsável pelo Setor de Fototerapia e Terapias Imunobiológicas do Serviço de Dermatologia da PGRJ

Co-Autor do Livro “Herpesvírus” – Editora GEN – 2010 e Autor do Livro “Doutor Eu Tenho Psoríase” – Editora GEN – 2014

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