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Por Fabiane Pereira, jornalista
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Produtividade musical em tempos de isolamento

Romero Ferro, Rodrigo Vellozo, Mel, Sebastían e Fernanda Takai são alguns nomes que lançaram trabalhos durante o confinamento

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Atualizado em 15 out 2020, 15h00 - Publicado em 15 out 2020, 14h53

Depois de sete meses de isolamento, garanto que zerei o game. Já passei por todas as fases: negação (“de leve” pra não me confundirem com nenhum negacionista), ansiedade, raiva, conformismo, pessimismo, depressão, produtividade máxima, prostração extrema…todos esses sentimentos foram vivenciados com intensidade. Não necessariamente nesta ordem.

Nessa quarentena sem fim, já vivi dias que mal conseguia levantar da cama. Mas ninguém aqui quer saber dos meus lamentos. Já nos basta saber que o líder do governo no Congresso Nacional, Chico Rodrigues, foi pego pela Polícia Federal com “muitos dinheiros” nas nádegas.  Dinheiro esse que deveria estar sendo usado no combate à pandemia que nos mantem em isolamento social.

Na minha fase proativa, idealizei e executei projetos, promovi lives (não tantas quanto a Teresa Cristina), continuei gravando o FARO e o  Papo de Música semanalmente, fiz exercícios, comecei a meditar por app, comprei livros, aprendi a preparar pratos mais elaborados na cozinha, dobrei as sessões de análise e ouvi música (muita música!).

Para escoar um pouco desta audição, tenho publicado neste espaço trabalhos que foram produzidos e lançados durante o isolamento social. Já falei aqui da Luiza Brina, Marina Melo, Ana Frango Elétrico e mais recentemente dos novos álbuns da Tiê e da Ilessi.

Essa semana chegou em todos os aplicativos de música o segundo e aguardado álbum da baiana Luedji Luna, “Bom mesmo é estar debaixo d’água”. Um primor!  A cantora e compositora é minha convidada no canal Papo de Música, na terça, dia 27 de outubro.

O pernambucano Romero Ferro foi outro que jogou nas redes um novo single, “E se não  era amor”. A faixa, escrita e gravada na quarentena, fala sobre o amor e também sobre o fim dele. “Produzir neste período foi um intenso trabalho de ressignificação e crescimento pessoal. Organizei minhas ideias e comecei a me questionar sobre que tipo de artista eu era, e como posso usar minha voz para falar de arte e música em um momento de tantas limitações. A internet foi uma enorme aliada na disseminação dessas ideias. Acabei colocando a mão na massa e gravei clipe, singles e um programa. Estudei, aprendi a editar, roteirizar… foi um trabalho enorme mas me senti muito feliz em poder me aventurar em novos caminhos e levar arte para as pessoas”, conta.

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Outro belo disco que merece uma audição cuidadosa é “O Mestre-sala da Minha Saudade”, quarto álbum de Rodrigo Vellozo, filho de Benito de Paula. O trabalho em homenagem  ao irmão André, morto  em 2019, foi produzido por Rômulo Fróes (o sempre atento Rômulo!) e veio acompanhado de uma produção audiovisual para a faixa-título. “É muito forte pra mim pensar no mestre-sala, que protege a bandeira da escola de samba, como o responsável por guardar a saudade. Evoca o samba, saudosismo e tudo da história da minha família. Da minha história com meu irmão também”, comenta o artista. O álbum traz participações de Benito, Xande De Pilares e Alice Coutinho.

A ex integrante da Banda Uó, Mel, também saiu em busca de experimentos musicais solos nesta quarentena. “A Partir de Hoje” é o primeiro single da cantora e foi composto por Gabriel Valentina. “É uma canção sobre renascimento. Depois que o tempo passa, as coisas mudam, entendemos que nosso primeiro objetivo é se cuidar para conseguir seguir e aprender com os baques da vida, principalmente os afetivos”, comenta Mel. A faixa tem uma sonoridade latina contemporânea irresistível. A música ganhou um clipe todo gravado dentro do apartamento da artista.

Cantora Mel (ex Banda Uó) (Ivan Erick/Divulgação)

Sebastián Piracés-Ugarte, integrante da ótima Francisco, el Hombre, também aproveitou que a “folga” na agenda para lançar seu primeiro trabalho solo, Sebastianismos. O trabalho traz uma  mistura de gêneros latinos interessante. Vai do reggaeton ao punk rock, de love songs a putaria, passando por posicionamentos políticos bastante assertivos. Russo Passapusso (BaianaSystem), Malfeitona, Jaloo e Luê  participam do álbum. Algumas  das faixas chegaram em formato de  singles. Uma delas, “Culto Al Culo”, faz um elogio bem humorado a todas as bundas do planeta. Tenho a impressão que Chico Rodrigues, nosso “ilustre” deputado,  vai se identificar.

 

Pato Fu no Papo de Música

 

A cantora e compositora Fernanda Takai, vocalista da banda Pato Fu, lançou seu novo álbum solo, “Será que você vai acreditar?”,  produzido, arranjado, gravado e mixado durante o confinamento por John Ulhoa, seu parceiro de vida e banda. O trabalho carrega um repertório que dialoga diretamente com o contexto de incerteza que o Brasil e o mundo vivem atualmente. O casal é meu convidado da  semana no canal Papo de Música, no Youtube.

 

 

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