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Por Fabiane Pereira, jornalista
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O que esperar do novo disco de Letrux

O lançamento da vez e o Papo de Música com a MC Rebecca: duas cariocas que ajudam a fazer da nossa música a mais rica e diversa do mundo

Por Fabiane Pereira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 mar 2020, 19h30 - Publicado em 10 mar 2020, 19h26

Certamente a Letícia Novaes é a artista que eu mais entrevistei na vida. Ela passou a se apresentar como cantora na mesma época que estreei como locutora de rádio – isso já faz anos –, e nos encontramos, profissionalmente, diversas vezes.

Acompanho o trabalho da Letrux, persona criada por Letícia, de perto: de ex vocalista da minha banda índie preferida, o duo Letuce, à cantora bem sucedida da música independente, ela acaba de lançar seu segundo álbum, “Letrux Aos Prantos”.

Sim, Letrux está aos prantos (e quem não?) e provocativa. Ela nos convida a mergulhar nas profundezas sentimentais, sem que deixemos de bailar em meio aos maremotos da existência. Após três anos do estrondoso sucesso de seu primeiro álbum solo, “Letrux Em Noite de Climão”, a cantora tijucana e capricorniana promove através das 13 novas faixas uma ode às intensidades, às emoções, à liquidez (sangue, suor e gozo).

“No último ano percebi um aumento do deboche e do cinismo. Para além da política mesmo. Na maneira de lidar com a vida, nas emoções, fui sentindo esse lugar. Também sou da graça, também amo memes, mas a vida não se resume só a isso. Ainda acho a emoção a coisa mais linda do mundo. Se emocionar é a coisa mais importante em estar viva pra mim. Chorei muito no último ano – e toda vez que chorei foi importante, foi emocionante. Prefiro chorar a me tornar cínica. O disco é sobre isso. Sobre se emocionar. Amo me abalar, ainda que seja dramático pra mim, prefiro esse abalo sísmico a ficar imóvel que nem uma rocha. No último ano não deu pra não se abalar”, explica Letícia.

Estive na audição do disco da Letícia, segunda, no Manouche. Me emocionei. Me emociono facilmente com o trabalho de quem admiro. (Eu sei que não se começa frase com pronome oblíquo mas ninguém escreve “emocionei-me” num texto coloquial). Não tá dando pra não se abalar todos os dias. É um caldo atrás do outro e desaprendi a nadar no meio de tantos afogamentos. Coronavírus, fraude eleitoral, racismo estrutural, pseudo feminismo, Regina Duarte, linchamento virtual…eu também estou aos prantos.

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“Letrux Aos Prantos” é disco de pista, de transbordamentos. Traz Liniker, Lovefoxx (Cansei de Ser Sexy) e um repertório de inéditas. A faixa que abre o disco é “Deja Vu Frenesi” e ganhou um clipe lindo dirigido pela Clara Cosentino. Minha preferida é “Cuidado, Paixão”, a faixa mais solar do álbum. Já “Esse Filme que Passou Foi Bom” é mais uma parceria da artista com o cantor e compositor Lucas Vasconcellos, ex-Letuce.

Ah, Letícia, obrigada por tanto!

Ela é carioca…

 

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Durante o mês de março, o Papo de Música, meu canal no Youtube, está celebrando as mulheres. Toda semana, duas entrevistas inéditas e exclusivas entram no ar. Esta semana, conversei com a funkeira e sambista MC Rebecca. Conhecida no universo do funk carioca, Rebecca foi, durante alguns anos, passista do Salgueiro e até hoje faz bonito na Sapucaí.

Nesta conversa íntima e afetiva, falamos sobre Anitta, Ludmilla, DJ Rennan da Penha, maternidade, politicas públicas, criminalização do funk e como é a sensação de ser a primeira cantora negra no topo da playlist do Spotify.

Pois é, estamos em 2020 e só no finalzinho do ano passado tivemos uma cantora negra como #1 nos aplicativos de música. Precisamos falar sobre racismo estrutural urgente, não é mesmo?

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