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Por Fabiane Pereira, jornalista
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Frejat: “Hoje se faz música tão bem quanto em qualquer outra época”

Um dos mais consagrados rockstar do país deu uma entrevista exclusiva para o canal Papo de Música

Por Fabiane Pereira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 ago 2020, 13h42 - Publicado em 4 ago 2020, 12h57

Destaque nacional na música brasileira, desde os anos 80, Roberto Frejat vivenciou diferentes cenários culturais do país e garante: “em todas as épocas fizeram músicas maravilhosas e muita porcaria também, não existe isso de uma época melhor que a outra”.

Há bastante tempo, tento entrevistar o Frejat no Papo de Música. Eis que a pandemia e a tecnologia ajudaram a realizar esse desejo. Sou fã do cidadão Roberto, rockstar ousado e com mente arejada, pai zeloso e marido da Alice, amiga querida que tanto me ensinou ao longo da minha trajetória profissional.

Na entrevista que acaba de ser postada no meu canal no Youtube, Frejat não faz rodeio e manda um recado direto para os roqueiros mais saudosistas. “O público hoje tem essa faixa etária mais velha, de pessoas que ficaram com as músicas como trilha sonora e não com o significado que elas tinham que ter a vida inteira”, diz.

 

 

Mesmo concordando que o rock tenha perdido força na cena, o artista passa longe de atribuir isso a uma suposta falta de qualidade musical nos atuais representantes do gênero. O artista ganhou projeção por sua atuação na banda Barão Vermelho e por colaborações antológicas com Cazuza e Cássia Eller (quem não se lembra desta apresentação, não viveu os anos 90).

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Nesta conversa (bonita, elegante e sincera), Frejat observa uma ligação da impopularidade do rock à comercialização em massa da ideia de rebeldia transmitida pelas músicas. “No final dos anos 60, início dos 70, todo o sistema – uma estrutura mais conservadora – tentou assimilar o caráter rebelde do rock para vender produtos. Ele foi cada vez mais incluído em propagandas, anúncios, etc., e chegou no seu esgotamento nesse sentido. Isso vai diluindo uma mensagem que é forte até hoje”, diz.

A falta de entendimento entre gerações do rock não foi o único problema de diálogo apontado pelo artista. Ao falar do debate sociopolítico brasileiro, o artista lembrou da polarização de opiniões e apostou na comunicação como forma de resolver o problema. “A gente não tá conseguindo construir um futuro comum. Se um ficar berrando na cara do outro, não vai adiantar nada”, pontuou.

Claro que no final desse papo ainda rolaram palinhas de composições icônicas da carreira. Daquelas conversas pra se ver e ouvir no repeat.

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