Bebel Gilberto revela planos de produção audiovisual sobre Miúcha
No mês em que a Bossa Nova completa 62 anos, filha de João Gilberto é entrevistada no canal Papo de Música, no Youtube
Herdeira de uma dinastia da música brasileira, Bebel Gilberto, a filha de João Gilberto e Miúcha, neta de Sérgio Buarque de Holanda, sobrinha de Chico Buarque e uma das melhores amigas de Cazuza conversou comigo esta semana no Papo de Música. A cantora e compositora que recentemente trocou Nova York pelo Rio de Janeiro, depois de quase três décadas morando na Big Apple, está prestes a lançar seu novo álbum, Agora, só com músicas autorais.
Para além da grandiosidade dos nomes que a cercam, Bebel se fez artisticamente notável antes mesmo de entender seus dons. Ainda criança, ela acabou dando nome a um dos mais antológicos discos da música popular brasileira, Acabou Chorare (1972), dos Novos Baianos. Um de seus turning point criativos veio alguns anos depois de integrar o elenco da peça Os Saltimbacos, de autoria de Chico Buarque, quando ainda era adolescente.
Nova-iorquina na certidão e brasileiríssima na sensibilidade artística, nesta conversa irônica e bem humorada, Bebel destacou a importância da mãe, Miúcha, em sua formação. Dona de uma carreira de mais de quarenta anos e um legado de 14 álbuns, a irmã de Chico Buarque marcou não apenas a história da filha, mas também do público: “Na casa da mamãe era música o tempo inteiro (…) Acho que ela nunca se deu conta do quanto era adorada e amada”. Em primeira mão, Bebel disse que pode até produzir um filme ou documentário aprofundando o espólio criativo de Miúcha, mas essas são possibilidades para o futuro. “Tem uma ideia aí que não foi finalizada. Tem muito pra se fazer mas agora não dá pra fazer nada”, revela, instigando a curiosidade sem dar maiores spoilers dos próximos passos.
Todas as entrevistas do canal Papo de Música inspiram a criação de uma playlist. Vale o play.
Esta entrevista teve o apoio do edital de fomento do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa e do Fundo Estadual de Cultura. Por mais editais de fomento que permitam que a arte circule nas ruas e nas redes.